2021 cobrará o preço de eleger Bolsonaro
Foto: Evaristo Sá/AFP/ Reprodução
por Eduardo Guimarães
Os economistas preveem uma “tempestade perfeita” no ano que se avizinha. 2021 terá uma combinação de desemprego, estagnação, desastre sanitário e desmoralização internacional do Brasil por obra e graça de seu governante.
Nos dois primeiros anos de seu governo, Bolsonaro tratou de fechar todas as saídas para fugirmos dessa tempestade. A economia está parando – não se anime com a retomada, pois tem fôlego curto -, os investimentos não virão pela má imagem do país, a pandemia já começa a sofrer os efeitos das aglomerações estimuladas pelo governo, enfim, o bolsonarismo confirmou e superou as previsões sobre os desastres que causaria.
Alguns dizem que todo o sofrimento que virá terá ao menos um efeito positivo – se não é pelo amor que se aprende, que seja pela dor.
Seja como for, não se pode cometer o desatino de colocar um sociopata violento, narcisista, preconceituoso, egoísta, perverso e irresponsável em um cargo como o de presidente da República e esperar que o desastre não sobrevenha.
Ao menos metade dos brasileiros não entendeu o que está acontecendo e muito menos o que irá acontecer, mas entenderá. Com o fim do auxílio emergencial e com o agravamento da pandemia, com o aprofundamento da recessão, com a explosão do desemprego…
Isso sem falar que a inflação pode voltar a ser um problema no Brasil. Até isso…
O pior é que tal desastre não garante que a população votará direito em 2022. O que é votar direito? É votar na orientação política que produziu todas as obras sociais e econômicas redentoras entre 2003 e 2013, na melhor década da história brasileira, que viu redução da pobreza, da desigualdade, melhora drástica da imagem do país, fim das crises cambiais com as mega reservas que nos tiraram do FMI…
O Brasil é um país irrefreável. Só com uma incompetência sobrenatural pode ser eternizada uma crise que surgiu em 2005 graças a uma sabotagem que visava tirar o PT do poder. Mas até um país tão promissor pode ser afetado por um suicídio coletivo como o de eleger Bolsonaro.
O que se espera é que todo esse sofrimento ensine alguma coisa à parcela expressiva da população que se recusa a usar o cérebro para tomar decisões como a de votar ou de em quem votar. Pelo que dizem, o sofrimento é o melhor dos professores.
Feliz Ano Novo
Redação
O blogueiro Eduardo Guimarães foi condenado pela Justiça paulista a indenizar o governador João Doria em 20 mil reais. A causa foi um erro no título de matéria do Blog da Cidadania. O processo tramitou em duas instâncias em seis meses DURANTE A PANDEMIA, com o Judiciário parado. Clique na imagem abaixo para ler a notícia
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