Baleia teme que oposição desista de apoiá-lo

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Foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press

Um dia depois de se reunir com partidos de esquerda e demonstrar otimismo quanto à adesão das legendas à sua provável candidatura para a Presidência da Câmara, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) adotou uma postura mais comedida e, agora, vai esperar a oficialização do apoio da oposição antes de iniciar a sua campanha para substituir Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A equipe do emedebista evita tratar o deputado como candidato, apesar do anúncio feito na semana passada por Maia de que Baleia é a sua escolha para concorrer à chefia da Casa entre 2021 e 2022. A cautela deve-se pelo fato de PT, PSB, PCdoB e PDT ainda cogitarem a ideia de lançar um nome da esquerda para a disputa. Baleia, portanto, quer evitar o constrangimento de confirmar que a sua candidatura terá a contribuição da oposição e depois ser surpreendido com o anúncio de um terceiro deputado para concorrer à Câmara.

Por mais que façam parte do bloco de partidos que prometeu apoiar o deputado do MDB nas eleições para a Mesa Diretora da Casa em fevereiro, PT, PSB, PCdoB e PDT só estão nesse barco para fazer oposição a Arthur Lira (PP-AL), que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro e da base do governo na Câmara. A aliança, circunstancial, nem de longe ocorre porque as legendas concordam com as pautas de Baleia para o Congresso Nacional.

Parlamentares do campo progressista reconhecem que a divergência ideológica e político-partidária entre a oposição e as demais siglas do bloco pró-Baleia, em sua maioria de centro e centro-direita (DEM, MDB, PSDB, PSL, Cidadania, PV e Rede), é o que mais pesa para a oposição confirmar logo o apoio ao emedebista. A maior resistência é do PT, que, ontem, reuniu a sua bancada na Câmara, de 53 parlamentares, para ponderar qual será a orientação do partido. Não houve consenso sobre como o partido se comportará nas eleições, mas é forte o apelo para que a oposição tenha o seu candidato.

“As nossas pautas são muito diferentes, tanto no que se refere à economia quanto no modo de enxergar o processo democrático. Nós queremos a garantia que o próximo presidente vai colocar o impeachment de Bolsonaro em votação, algo que o Maia não fez. Somos contra privatizações, a tal reforma administrativa, que tira direitos dos servidores, e a reforma trabalhista. Defendemos o aumento real do salário mínimo a cada ano e uma reforma tributária que taxe grandes fortunas e lucros e dividendos das grandes empresas. Por isso, defendemos um nome da esquerda, até para ampliar o debate”, disse ao Correio o vice-líder do PT na Câmara, Rogério Correia (MG).

Segundo ele, o plano de derrotar o candidato de Bolsonaro não enfraquece caso a oposição apresente um deputado para as eleições. A esquerda entende que os 122 votos de PT, PSB, PCdoB e PDT serão de Baleia, ou de um eventual deputado da oposição. Portanto, se o emedebista não tiver os 257 votos necessários para ganhar no primeiro turno, terá no segundo turno, quando a esquerda deve votar em peso nele.

Na próxima segunda-feira, o PT terá outra reunião.“Entendemos que é necessário fazer uma união política e um acordo prático para derrotar Bolsonaro e, assim, garantir a eficiência do processo democrático a manutenção da independência do Legislativo. Mas a esquerda não quer perder a sua identidade. Cobraremos a fiscalização dos atos do Executivo e que as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) não sejam bloqueadas”, reforçou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

A indecisão da esquerda em declarar apoio a Baleia é algo que Arthur Lira quer tentar tirar proveito. Mesmo com o compromisso formal dos partidos em votar no emedebista, o candidato de Bolsonaro afirma que nem toda a bancada seguirá a orientação. É nesses votos dissidentes que ele aposta que pode vencer a eleição.

“Hoje, é clara a posição de divisão interna do PSB, temos maioria no PSB. Temos grande parte dos deputados do PDT. Temos deputados do PT. Temos mais da metade dos deputados do PSDB. Temos grande maioria no DEM. E temos a maioria esmagadora do PSL. Os líderes anunciaram o bloco sem consultar os seus deputados, e na Câmara não se faz bloco dentro do partido nem de líder partidário. Para fazer parte do bloco, tem que ter 50% da bancada mais um autorizando o líder a formar o bloco”, afirmou Lira, em entrevista à Rádio CBN.

Correio Braziliense

 

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