Bolsonaristas lançam “agência de checagem” de notícias

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Foto: Reprodução

Em maio do ano passado, fiz um post listando o top 10 das coisas que mais irritavam a direita: Paulo Freire, Foro de São Paulo, Che Guevara e, claro, Karl Marx, estavam lá.

Se eu fosse atualizar hoje essa relação, teria que arrumar um espacinho para as agências de checagem, ou de fact-checking, no termo em inglês. Poucas coisas incomodam tanto a turma destra, especialmente a das redes sociais.

Esses veículos, surgidos nos últimos cinco anos e com DNA online por excelência, são formados por jornalistas que se dedicam a procurar furos em discursos, inconsistências em anúncios e, em muitos casos, afirmações que só podem ser chamadas de mentiras deslavadas.

Frequentemente, seus alvos são influenciadores digitais da direita, que reagem indignados acusando os checadores pela ofensa mais comum que conhecem: comunistas. Em alguns casos, há até processos.

Desde o mês de abril, no entanto, conservadores buscam responder na mesma moeda, o que não deixa de ser um reconhecimento implícito da força da checagem de fatos.

Foi quando entrou no ar no Twitter o perfil Verdade dos Fatos, que se define como a “primeira fact-checking das fact-checkings do Brasil”.

“Objetivo: a veracidade das checagens publicadas pelas agências checadoras e contrapô-las com a verdade real”, diz a agência, que já tem quase 50 mil seguidores e é frequentemente citada ou retuitada por próceres da direita nas redes.

Tentei entrar em contato com o perfil, que é anônimo, por meio de um endereço de contato fornecido em seu site, mas não houve resposta.

Na verdade, a agência muito pouco tem de checagem propriamente dita. Está menos preocupada em buscar contradições ou inverdades com base em argumentos sólidos do que em se somar ao exército de ativistas digitais que apoiam o governo de Jair Bolsonaro.

Redação com Folha

 

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