Carluxo é estrela em inquérito sobre atos golpistas

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Foto: Dida Sampaio/Estadão

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos/RJ) é citado 43 vezes no inquérito dos atos antidemocráticos. Ao longo dos depoimentos de testemunhas e investigados, os agentes da Polícia Federal deixam transparecer um cerco ao filho 02 do presidente Jair Bolsonaro. Eles levantam a possibilidade de o parlamentar estar “ajudando” e “cooperando” com os canais suspeitos de ataques às instituições e ao regime democrático.

No dia 31 de julho deste ano, o dono do Foco do Brasil, Anderson Rossi, foi questionado sobre uma possível ajuda de Carlos na estruturação do canal, que chega a faturar R$ 140 mil por mês.

O empresário respondeu não ter recebido ajuda do vereador, mas admitiu auxílio de Tércio Arnaud Tomaz, amigo de Carlos e integrante do “gabinete do ódio”, a ala ideológica do Palácio do Planalto. Essa ajuda se dava com o repasse de imagens exclusivas do presidente. Assim, Rossi abastece e impulsiona sua página com um conteúdo que a mídia convencional não tem acesso.

Meses depois, a 16 de setembro, a PF voltou a perguntar sobre um possível envolvimento de Carlos com o Foco do Brasil, agora na tomada do depoimento de Cleitomar Basso, funcionário do canal. Basso também negou participação do vereador no negócio.

A polícia investiga também se, durante a campanha presidencial de 2018, assessores do gabinete de Carlos na Câmara do Rio atuavam no impulsionamento de páginas do pai dele nas redes sociais.

Confrontado pela PF, o assessor Tércio Arnaud Tomaz admitiu ter trabalhado para Jair Bolsonaro durante o período em que esteve empregado no Legislativo Municipal, mas alegou que a atuação era “voluntária” e fazia por “iniciativa própria” a gestão das páginas do candidato.

Mesmo recebendo pela Câmara, Tércio disse que “continuou a cuidar do Blog ‘Bolsonaro Opressor’” como uma forma de ajudar”. A página chegou a ter 1,5 milhão de seguidores e foi “derrubada” pelo Facebook por infringir as regras da rede.

Outro assessor especial da Presidência, José Matheus Sales Gomes confirmou à PF que trabalhou na campanha eleitoral do candidato a presidente. No dia 11 de setembro, ele alegou também ter atuado “voluntariamente” e sem “remuneração” nas estratégias de rede social.

PF quer saber se Carlos dá ordens para ‘gabinete do ódio’ do Planalto
A PF ainda investiga se os assessores do Palácio do Planalto vinculados ao “gabinete do ódio” têm recebido ordens de Carlos. Por sua vez, José Matheus admitiu que auxilia de “forma eventual” o vereador, por este ser o administrador de contas de redes sociais do pai. Já Mateus Matos Diniz, um terceiro integrante do gabinete, disse, a 22 de setembro, que “nunca” trabalhou para o filho do presidente.

Em setembro, o jornal O Globo divulgou que os agentes apuravam se Carlos Bolsonaro e integrantes do “gabinete do ódio” se reuniram, no Palácio do Planalto, para combinar detalhes dos depoimentos que seriam prestados no âmbito do inquérito.

José Matheus foi um dos questionados: “Indagado quando foi a última vez que conversou com Carlos Bolsonaro, respondeu que na data de hoje no período da manhã”, mas, ainda segundo o depoimento, “não conversaram sobre o detalhes da oitiva de Carlos Bolsonaro”. O próprio Tércio também admitiu ter se encontrado com o vereador no dia do depoimento. “Indagado quando foi a última vez que conversou com Carlos Bolsonaro, respondeu que almoçou com ele na data de hoje”, destaca trecho do inquérito.

A 10 de setembro, Carlos Bolsonaro prestou depoimento na Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio. Conforme revelou o Estadão à época, o vereador disse que nunca utilizou verba pública para manter canais e perfis em redes sociais nem é “covarde” ou “canalha” para contratar “robôs”.

Estadão

 

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