Doria terá que diminuir rejeição até 2022

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Foto: Photo Premium / Agência O Globo

Apesar da reeleição do prefeito Bruno Covas (PSDB) em São Paulo e do aumento de municípios conquistados pelo PSDB no estado, o governador João Doria (PSDB) terá que se reconciliar com o eleitor paulista se quiser ter sucesso numa candidatura à Presidência em 2022. A rejeição ao tucano não se restringe à capital. Aliados sugerem que ele comece o processo de quebra de resistência participando mais da política estadual — reunindo-se com prefeitos, por exemplo.

A declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que Doria precisa se “nacionalizar” para ter chances em 2022, um dia após o segundo turno, recolocou a bola no chão, quando aliados do governador ainda estavam na ressaca eleitoral. FH abordou, entretanto, apenas uma parte dos desafios que se anunciam para um projeto presidencial de Doria.

Lideranças do PSDB dentro e fora de São Paulo relataram ao GLOBO na última semana que consideram mais urgente, por ora, o governador reverter o desgaste de imagem em São Paulo. A conta é simples: o governador tem que ser dono de, no mínimo, 10 milhões de votos no estado para ser um candidato viável ao Planalto — algo como 30% do eleitorado paulista. Faltando dois anos para um novo encontro com o eleitor, eles acreditam que o tucano tem condições de recuperar popularidade.

Na capital, uma pesquisa Datafolha constatou, em novembro, que 61% dos eleitores não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado pelo tucano. No mesmo mês, o Ibope mostrou que 51% dos paulistanos consideravam a administração dele ruim oui péssima. No interior, a rejeição tende a ser menor, mas, nem por isso, menos preocupante.

Estrategistas que acompanharam as eleições municipais para o PSDB em São Paulo fazem o seguinte diagnóstico: o governo Doria tem índices positivos de avaliação, mas não consegue transferi-los para a imagem do governador. “É um armário cheio de troféu que não se reverte em melhora de imagem”, diz um deles.

Os resultados obtidos pelo PSDB nas urnas este ano aumentam a suspeita de que há um problema com a figura do governador.

Em São Paulo, o partido conquistou 184 prefeituras, o maior volume da sua história. No país, embora tenha eleito menos prefeitos, será a sigla que governará mais brasileiros a partir de 2021— 34 milhões.

Na sede do governo estadual, há confiança de que a CoronaVac — vacina do laboratório chinês SinoVac que está sendo desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan— trará uma reversão da impopularidade de Doria e exposição nacional. Entretanto, há no PSDB a avaliação, de forma majoritária, que a corrida pelo imunizante não pode ser a única aposta do governador.

São muitas as hipóteses hoje para a perda de sua popularidade. Alguns acreditam que o figurino do empresário deixou de ser um ativo eleitoral e precisa ser revisto para 2022.

Outros sugerem que Doria comece a participar da política paulista, algo que ele terceirizou em sua gestão, depois do discurso de posse, em 2019, em que proclamou:

—Aqui, agora, é ambiente de trabalho. Não vamos mais receber prefeitos e prefeitas do interior, quem quer que seja, para apenas tomar cafezinho, tomar água.

A vitória de Covas reanimou aliados do governador. Alguns deixaram o comitê do partido após a comemoração de domingo passado prometendo arregaçar as mangas desde já.

De acordo com os resultados obtidos pelo PSDB nas urnas em São Paulo, Doria dispõe do maior exército para fazer esse enfrentamento no país. O desafio será fazê-lo chegar em 2022 com condições de ser apoiado por esses prefeitos eleitos. O governador tem sob seu comando o segundo maior orçamento público do país — só perde para o que é administrado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Para o presidente do PSDB, Bruno Araújo, Doria já é um nome forte para a eleição presidencial, e o maior desafio está em fazer uma aliança ampla em torno de uma candidatura de centro, antes de discutir nomes.

—O resultado das urnas devolve a autoestima ao partido depois do tropeço eleitoral em 2018, e nos reabilita com parte substancial do eleitor brasileiro. O desafio é construir um grau de unidade que permita alternativas ao eleitor em 2022 — disse Araújo.

Já para o presidente do PSDB em São Paulo, Marco Vinholi, questões referentes a uma candidatura presidencial de Doria devem ser discutidas mais adiante.

—Vamos trabalhar com seriedade e responsabilidade, com a preocupação em fazer o que é correto, sobretudo em período de pandemia. Deixamos 2022 para 2022 — afirmou.

O Globo 

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