Flexibilização gera mega aglomeração na Câmara

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Foto: Evandro Éboli/VEJA

Logo no início da pandemia, a Câmara dos Deputados impôs regras rígidas para acesso às suas dependências. As sessões passaram a ser remotas e só circulavam pelos corredores e gabinetes os servidores credenciados, parlamentares e jornalistas.

O tempo passou, houve queda no número de casos diários e uma eleição para prefeitos e vereadores. A onda de coronavírus recrudesceu e as regras na Câmara foram afrouxadas.

A flexibilização foi para atender aos deputados, que voltaram a Brasília após o pleito de novembro. Legiões de prefeitos e vereadores invadiram a capital.

Os seguranças passaram a ter problema para conter o acesso e ouviam broncas de deputados, que passaram a descer de seus gabinetes para liberar o ingresso indevido de seus apaniguados.

Imagens de aglomeração são diárias.

Para tentar resolver, a Câmara instituiu uma planilha de “liberação de acesso emergencial”. Ali, os deputados inseriam os nomes de quem iria a seus gabinetes. E limitou a 2 o número de visitantes por dia.

Bobagem. Não funcionou. Os deputados abusam e extrapolam em muito esse limite.

Na semana passada, numa leva só, Ronaldo Santini (PTB-RS) colocou para dentro 18 convidados, que circularam pela Câmara e foram acabar no seu apertado gabinete no Anexo 4. Ao todo, de lá para cá, Santini fez ingressar na Casa 33 pessoas. A maioria prefeitos e vereadores de sua região.

No gabinete de Daniel Freitas (PSL-SC) é uma romaria só. Num único momento, ele liberou acesso para 11 pessoas.

João Carlos Bacelar (PL-BA) é outro “anfitrião” empolgado. Nos últimos dias foram 33 acessos em seu gabinete e 8 de uma só vez.

Emidinho Madeira (PSB-MG) colocou 6 conterrâneos para dentro de uma vez só. Na lista, prefeito, secretário e políticos da sua região em Minas.

Veja

 

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