Governo segue boicotando vacina chinesa

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Foto: Divulgação/Instituto Butantan

Duas semanas depois da confirmação do Ministério da Saúde de que compraria 45 milhões de doses da CoronaVac, a fim de incluí-la no Programa Nacional de Imunização, o acerto ainda não foi fechado.

O Blog apurou que, até o momento, o Instituto Butantan não recebeu a carta do Ministério da Saúde com a manifestação de intenção de compra, em caráter irrevogável e irretratável, da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo próprio instituto e pelo laboratório chinês Sinovac.

“Ainda não chegou a carta. Prometeu e não cumpriu”, disse ao Blog uma fonte que participa dessa negociação.

Essa tratativa aconteceu no dia 14 de dezembro, quando o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ligou para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e enviou um assessor especial para tratar do tema pessoalmente com Dimas Covas, diretor do Butantan, e com Antonio Imbassahy, secretário especial e chefe do Escritório de Representação do Estado de São Paulo em Brasília.

Diante disso, o governo de São Paulo está decidido a manter o seu calendário para início da vacinação contra Covid-19 no estado em 25 de janeiro.

“A Anvisa receberá o pedido de registro emergencial e definitivo no dia sete de janeiro. Terão de se manifestar em 72 horas. Eles terão de emitir o protocolo de aprovação da vacina do Butantan até dia 10 de janeiro, caso não haja interferência ideológica”, ressaltou essa fonte.

O presidente Jair Bolsonaro vinha resistindo à compra da CoronaVac por razões ideológicas, já que a vacina é de origem chinesa.

Em 20 de outubro, Pazuello chegou a anunciar a compra da vacina em uma reunião com governadores. No dia seguinte, Bolsonaro desautorizou publicamente o ministro.

“Já mandei cancelar. O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade. Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós”, disse Bolsonaro na ocasião.

Um dia depois, em uma transmissão ao vivo pela internet, Pazuello afirmou, ao lado do presidente: “É simples assim: um manda e o outro obedece”.

O Butantan já adiou duas vezes o envio para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do resultado dos testes da vacina no Brasil, a fim de obter o registro definitivo do imunizante. A previsão inicial era de que os documentos fossem enviados no dia 15, com o objetivo de se obter a autorização para uso emergencial.

Para evitar depender da estrutura do Ministério da Saúde para garantir os insumos básicos para a vacinação contra o coronavírus, o estado de São Paulo já adquiriu 50 milhões de seringas nos últimos pregões e 21 milhões já foram distribuídas aos municípios. Ao todo, em estoque, São Paulo tem disponível hoje 71 milhões de seringas.

Outros pregões já estão programados para o início de janeiro, para completar 100 milhões de seringas. Nesta terça-feira (29), fracassou o pregão do Ministério da Saúde para a compra de 331 milhões de seringas e agulhas. Só conseguiu fornecedor para 7,9 milhões.

G1

 

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