Novo ministro do Turismo é mais ideológico que antecessor

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro como novo ministro do Turismo, Gilson Machado Neto comandava a Embratur desde maio de 2019. O substituto de Marcelo Álvaro Antônio havia coordenado projetos na área de turismo na equipe de transição governamental e nos últimos meses se tornou um dos integrantes do governo mais próximos do presidente.

As bandeiras levantadas por Gilson são próximas do que defendia Marcelo Álvaro, como ampliar parcerias com iniciativa privada e propor flexibilização de regras ambientais ou regulatórias para viabilizar empreendimentos.

O novo ministro também é entusiasta da liberação de cassinos no Brasil, dentro dos chamados “resorts integrados”, e da ampliação do setor de cruzeiros.

Ao dar posse a Gilson na Embratur, no ano passado, Bolsonaro admitiu que fazia uma escolha “ousada”, mas que daria certo pela determinação de seu escolhido. “Estamos ousando com o Gilson. Uma pessoa de palavra fácil, fala a linguagem do povo. Não é apenas sanfoneiro, o seu currículo, a sua vivência e sua vontade de trabalhar superam qualquer dificuldade que porventura ele possua”, declarou o presidente à época.

Depois disso, a relação entre os dois ficou cada vez mais próxima. Além de acompanhar Bolsonaro em diversas viagens nos últimos meses, Gilson participou de “lives” semanais mesmo quando o tema não envolvia sua agência. Natural de Pernambuco, ele é filiado ao PSC. Um tio seu, Gilson Machado Filho, já falecido, foi deputado constituinte. Embora não seja expoente na atividade partidária, sempre que se depara com um microfone costuma fazer discursos inflamados sobre o que chama de “libertação” do Nordeste das mãos do PT. Ele se tornou um dos principais interlocutores do presidente na região.

Chamado por muitos na Esplanada de “sanfoneiro do Bolsonaro”, Gilson costuma levar o instrumento para eventos e transmissões do presidente. Antes de viajar ao lado de Bolsonaro, a sanfona acompanhou o empresário pelo país, tocando na banda de forró “Brucelose”. O nome, de uma infecção com origem animal, tem ligação com a formação acadêmica de Gilson, que também é médico veterinário.

À frente da Embratur, Gilson despertou algumas polêmicas ao falar sobre homossexuais e virou motivo de piada ao divulgar um vídeo em redes sociais em que apresentava o Brasil a australianos com dificuldade em falar a língua inglesa. Foi também criticado pela aprovação de um slogan para atrair visitantes ao Brasil, com duplo sentido involuntário: “Brazil. Visit and Love us”

A proximidade com o presidente também levou o novo ministro a estreitar relação com seus filhos, principalmente o senador Flávio, que o acompanhou em viagem aos Estados Unidos no início do ano para contato com empresários do setor de resorts e cassinos, e com o deputado Eduardo, que há dois dias o convidou para um evento de conservadores, em Brasília.

Na ocasião, Gilson discursou logo após Marcelo Álvaro, e pregou o fortalecimento da direita no país: “Fazemos parte de um governo peregrino, que não decide mais as coisas do Brasil ao pé da torre Eiffel, tomando champanhe e comendo caviar, mas que decide ao lado dos brasileiros”.

Valor Econômico 

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