Pastor preso por corrupção chora e pede “clemência”

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Foto: Reginaldo Pimenta/Agência O Dia

Pastor Everaldo Dias Pereira ficou em silêncio durante oitiva nesta quinta-feira (17/12), em sessão do Tribunal Misto de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que julga o impeachment do governador Wilson Witzel (PSC-RJ), afastado desde 28 de agosto e pelo prazo de 180 dias, investigado por suposta participação em fraudes na área da Saúde.

O político foi ouvido por meio de videoconferência no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, onde está preso. Everaldo se recusou a responder aos questionamentos, pois disse ser réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e não poderia prejudicar sua defesa no processo de impeachment de Witzel.

“Não estou em condições de prestar depoimento neste processo. Pelo fato de eu ser réu perante o STJ pelos mesmos fatos que são apurados no processo de impeachment, e meu foco é me defender naquela Corte. Estou preso há 112 dias, e a meu ver, indevidamente”, declarou.

Mesmo após recusa, integrantes do TJ-RJ continuaram a questionar Everaldo, que chegou a pedir “misericórdia”. “Peço misericórdia, perdão, clemência, eu não tenho como falar, pois sou réu sobre o mesmo assunto”, frisou.

Após ações realizadas pela Procuradoria e pela Polícia Federal, o ex-secretário Edmar Santos, atualmente preso, decidiu entregar detalhes sobre o esquema de corrupção que envolvia Witzel. Segundo o Ministério Público, a organização criminosa instalada na administração do governador do Rio dava continuidade a esquemas praticados pelos ex-governadores Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.

De acordo com Santos, 5% do dinheiro público desviado era dividido entre cinco pessoas: Edmar Santos recebia 30%; Witzel e Pastor Everaldo, 20% cada; e Edson Torres e Victor Barroso, 15% cada um.

O pastor Everaldo já foi denunciado em três inquéritos do Ministério Público Federal (MPF), sob a acusação de ser um dos chefes dos esquemas de corrupção no estado do Rio e descrito em uma das denúncias como “veterano da corrupção”.

O presidente do TJ-RJ, Cláudio de Mello Tavares, chegou a intervir quando Everaldo se recusou a responder a uma pergunta do deputado Waldeck Carneiro (PT), sobre quando havia conhecido Wilson Witzel, uma pergunta vista como genérica e sem relação com os processos no STJ.

“O senhor fala muito em misericórdia, mas queria que o senhor respondesse com misericórdia às perguntas feitas. Quero que o senhor responda com objetividade à pergunta que foi genérica e que não envolve o processo criminal. Peço desculpas, mas o senhor está lendo a mesma coisa: não respondo, peço misericórdia. Se o senhor está preso é porque a Justiça entendeu que o senhor deve estar preso. Aqui o senhor está para responder como testemunha”, ressaltou Tavares.

Mas Everaldo respondeu que todas as perguntas se interligam e voltou a pedir misericórdia. O pastor disse que estava em um complicado momento emocional. Contou ainda que o filho estava internado com covid-19 e que poderia morrer a qualquer hora.

O bispo licenciado da Igreja Universal, o deputado estadual Carlos Macedo (Republicanos), chegou a citar trechos bíblicos para tentar convencer o pastor a falar, mas não obteve sucesso.

Algumas das perguntas feitas durante a sessão se referiam ao valor arrecadado na área da Saúde e sobre quanto queriam arrecadar com o início da pandemia, qual o percentual destinado ao governador Witzel e também qual a participação de Witzel na caixinha da propina da Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas).

Correio Braziliense  

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