Prefeito reeleito de BH fala em candidatura presidencial em 22

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Foto: Gledston Tavares/Framephoto/Agência O Globo

O prefeito reeleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse ontem que poderá ser um nome para a disputa presidencial de 2022.

Em entrevista à “GloboNews”, ele afirmou que Minas Gerais precisa ter um nome na corrida ao Planalto e que a votação maciça que deu a ele uma vitória no primeiro turno o coloca como uma possibilidade.

“Eu estou no tabuleiro. Aqui atrás da montanha, nós estamos no tabuleiro, num jogo”, disse.

“Eu acho que Belo Horizonte e Minas Gerais merecem estar nesse jogo porque hoje nós não temos ninguém querendo participar desse jogo. Um Estado tão importante, segundo ou terceiro Estado, e a terceira maior capital do país têm que estar nesse jogo porque ficamos muito de lado”.

Ao falar de sua votação, disse, que “com o número que eu tive em Belo Horizonte, eu acho que eu estou no jogo, no tabuleiro.”

Ele ganhou um segundo mandato com 63,36% dos votos. E antes mesmo da eleição, o PSD nacional já incluía seu nome como uma das opções que o partido teria para disputar a Presidência em 2002.

Na terça-feira, em entrevista à rádio Bandnews, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, mencionou o governador do Paraná, Ratinho Júnior; o senador mineiro Antonio Anastasia; o senador Otto Alencar e Kalil entre as lideranças do partido com potencial de presidenciáveis.

Perguntado sobre as chances presidenciais do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e de Ciro Gomes (PDT) – dois amigos seus -, o prefeito respondeu, rindo, que é “cachorro novo” e que não saberia fazer essa leitura.

“Não vamos confundir políticos com a experiência do Rodrigo Maia e do Ciro Gomes comigo, né? Eu falei que eu não sou modesto, [mas] eu também não sou megalomaníaco”, disse o prefeito. “Eles podem me aconselhar.”

Embora comece a falar do Planalto, Alexandre Kalil é tido entre políticos mineiros como nome garantido na eleição ao governo de Minas em 2022. Ele e o governador e provável candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo), vêm trocando farpas publicamente, no que parece ser uma clara antecipação da disputa daqui a dois anos.

Kalil vinha dizendo que se Zema conseguisse equacionar a séria crise fiscal na qual o Estado está mergulhado há anos, ninguém seria capaz de desbancar o governador nas urnas.

Mas Kalil, na entrevista de ontem disse que, ao que parece, isso não vai acontecer até o fim do mandato de Zema. O governador não tem maioria na Assembleia Legislativa e tem tido dificuldade para fazer avançar propostas centrais de sua campanha: privatizações e a reorganização fiscal.

Kalil afirmou que precisaria ter uma visão mais detalhada da situação das contas de Minas, mas à GloboNews, falou que pode construir um plano para lidar com a crise estadual.

“Eu acho que nós temos que fazer em Minas Gerais uma recuperação urgente, um parlamentarismo branco urgente, com o apoio de toda a Assembleia para fazer que tudo seja aprovado independente do que for para enxugar a máquina.”

Valor Econômico

 

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