Alcolumbre vai virar ministro de Bolsonaro

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Foto: Marcos Oliveira/Ag. Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) passou a sinalizar, em conversas com outros senadores, que irá assumir um ministério no governo do presidente Jair Bolsonaro, caso seu indicado à sucessão, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) seja eleito.

Alcolumbre já teria, inclusive, uma preferência: o Ministério do Desenvolvimento Regional, hoje com Rogério Marinho. A pasta toca obras estruturantes, com orçamento para 2021 previsto em R$ 24,17 bilhões. E o presidente do Senado, segundo interlocutores, fez uma série de compromissos”, durante sua busca por votos para Pacheco, de usar sua influência política para ajudar a levar recursos aos Estados. À frente da pasta, ele teria autonomia para cumpri-los.

A mudança de postura se dá pela avaliação de que a vitória de Pacheco será creditada a Alcolumbre. Ele escolheu o candidato, fez as alianças e conseguiu os votos, sem nada dever ao governo. Por isso, sairia fortalecido do processo, segundo leitura de seus pares.

Bolsonaro foi desaconselhado por auxiliares mais próximos a entrar de cabeça na eleição pela presidência do Senado, diferentemente do que ocorre no caso da Câmara, pois “só tem a perder”, disse uma fonte ligada ao presidente. Mais cedo, Bolsonaro declarou a apoiadores no Palácio da Alvorada que tem “simpatia” pela candidatura de Pacheco.

Alcolumbre estava relutante quanto à possibilidade de assumir um ministério. Antes, queria ter o controle de sua sucessão, escolhendo um nome da sua confiança justamente para que possa, daqui a dois anos, voltar à presidência da Casa. Ele também demonstrava temor de ter sua imagem atrelada a Bolsonaro. No entanto, o senador acredita que, caso seja confirmada a façanha de eleger o sucessor contra uma candidatura do MDB, maior partido do Senado, sua imagem de articulador hábil estará consolidada.

Desde o ano passado, interlocutores do Planalto fizeram chegar a Alcolumbre algumas possibilidades: além do Desenvolvimento Regional, assumir a Secretaria de Governo, responsável pela articulação política, no lugar do general Luiz Eduardo Ramos; a pasta de Minas e Energia, sempre cobiçada por senadores, substituindo Bento Albuquerque, ou até mesmo a Saúde.

Ainda segundo aliados do presidente do Senado, no caso de sua ida para o Ministério do Desenvolvimento Regional, o ex-deputado Rogério Marinho poderia ser deslocado para a Secretaria-Geral da Presidência, hoje sob comando interino de Pedro César Nunes Ferreira Marques de Souza, que substituiu Jorge Oliveira, que tomou posse como ministro do Tribunal de Contas da União.

Segundo auxiliares de Bolsonaro, a Secretaria-Geral tem como maior atrativo a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ), pela qual passam todos os atos normativos, leis e medidas provisórias firmadas pelo presidente. Contudo, para o perfil de Marinho, ex-deputado pelo PSDB, permanecer no Desenvolvimento Regional seria mais atraente. Ele também poderia assumir pasta mais forte em meio a uma reforma ministerial, pois é bem avaliado por Bolsonaro.

Fontes do Desenvolvimento Regional ouvidas pelo Valor, contudo, disseram desconhecer tratativas a respeito. Nesse sentido, um dos que poderia deixar a Esplanada é Onyx Lorenzoni, ministro da Cidadania e companheiro de Alcolumbre no DEM.

Se assumir um ministério, Alcolumbre deixará o posto de senador para seu irmão e suplente, Josiel Alcolumbre (DEM-AP). Josiel disputou e perdeu no segundo turno a eleição a prefeito de Macapá (AP) no ano passado. Ironicamente, Josiel perdeu a eleição após o presidente Bolsonaro gravar na véspera uma mensagem de apoio a ele. O irmão de Alcolumbre tinha a maior coligação do pleito, apoios do prefeito da capital e do governador e foi o primeiro colocado no primeiro turno, com quase o dobro dos votos de Doutor Furlan (Cidadania), que acabou ultrapassando Josiel no segundo turno e vencendo a disputa local.

Valor Econômico

 

 

 

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