Buscas pelo termo ‘impeachment” explode no Google

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Foto: Marcos Correa/ PR

As buscas pela palavra “impeachment” na internet deram um salto em janeiro e quadruplicaram em comparação com dezembro, num momento em que a crise sanitária provocada pela covid-19 se agrava e o governo enfrenta dificuldades para colocar em prática o plano de vacinação, desgastando a imagem do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo dados do Google Trends, fornecidos com exclusividade ao Estadão/Broadcast, “impeachment” foi o quinto assunto mais buscado no Google pelos internautas, na semana passada, na categoria “Política”. A procura pelo termo “impeachment Bolsonaro” neste mês foi sete vezes superior ao nível de dezembro.

As buscas em janeiro sobre o assunto estão ainda em seu nível mais alto desde maio do ano passado. Nas últimas semanas, outros acontecimentos também reforçaram as críticas ao governo, como a morte de pacientes por asfixia no Amazonas e Pará e o fim do pagamento do auxílio emergencial.

O período conturbado para a imagem de Bolsonaro também ajudou a engordar a pilha de pedidos de impeachment que se acumula na Câmara, porta de entrada para um possível processo de derrubada do presidente da República.

Desde o início de seu mandato já chegaram 61 pedidos para o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dos quais 5 foram arquivados por questões formais e 56 seguem ativos. Do total, dois entraram em janeiro e ao menos mais um deve ser protocolado, nesta terça-feira, 26, por partidos de oposição.

A decisão de apresentar uma nova denúncia por crime de responsabilidade foi anunciada na quarta-feira, 20. O pedido deve ser assinado por PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB, e Rede. O argumento usado é a questão sanitária, “na omissão e na responsabilidade do governo Bolsonaro na pandemia”.

No entanto, o destino deste e dos demais pedidos não estará mais nas mãos de Maia; ele só conseguiria deliberar agora sobre um processo de impeachment caso conseguisse por fim ao recesso legislativo, decisão que depende de votação e aprovação da maioria absoluta da Câmara e Senado.

Caberá ao próximo presidente da Câmara decidir se autoriza ou não o processo. Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado por Maia, e Arthur Lira (PP-AL), endossado pelo Palácio do Planalto, são os nomes que lideram a corrida atualmente e deverão herdar a pilha de pedidos de afastamento.

“A vitória de Lira não impede o impeachment. Esse é um processo que nasce de fora para dentro. Lira também era base de Dilma (Rousseff, ex-presidente) e virou o PP em prol da derrubada da presidente nos 45 do segundo tempo”, afirma o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), coordenador nacional do MBL, movimento que protagonizou o impeachment da petista em 2016.

O MBL chegou a apoiar Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018, mas passou a defender seu impeachment durante a pandemia, no ano passado, e agora coordena protestos por sua saída. Ontem, MBL e Vem Pra Rua organizaram carreatas em São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais. Eles foram convidados pelo Movimento Acredito a integrar a carreata nacional da Frente Ampla, sábado, 23, pelo mesmo motivo, mas negaram a participação por causa da inclusão de partidos de esquerda. No sábado, segundo a Central Única dos Trabalhadores, uma das organizadoras das manifestações, pelo menos 87 cidades do país tiveram atos cobrando o afastamento do presidente.

Candidata à presidência da Câmara pelo PSOL, a deputada Luiza Erundina (SP) criticou a demora de Maia em deliberar sobre o tema. “Querer fechar o Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF), fazer comício público pedindo a ditadura militar, recebendo os torturadores da ditadura. Pelo amor de Deus, se isso não é crime de responsabilidade eu não sei o que é. Portanto, o senhor Rodrigo Maia e a Presidência da Câmara estão muito atrasados nas suas prerrogativas de já ter livrado o País e o povo brasileiro dessa desgraça que é o governo de Jair Bolsonaro”.

Estadão 

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