Coroinhas relatam abusos de arcebispo de Belém

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Foto: REPRODUÇÃO

Os quatro ex-estudantes do Seminário São Pio X, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, detalharam os episódios de abuso sexual que alegam terem sofrido por parte do arcebispo Dom Alberto Taveira Corrêa. Os relatos foram revelados pelo Fantástico, neste domingo (3/1).

Segundo as declarações dos coroinhas, o religioso usava o mesmo modus operandi para se aproximar deles e, na sequência, cometer os abusos. Eles contam que Dom Alberto falava sobre intimidades e, em seguida, aproveitava o momento para masturbá-los.

“Era uma conversa que ia fluindo. Ele perguntava muito sobre masturbação. Até que ele pedia para que mostrasse [o pênis]. No meu caso, em um momento ele abaixou as minhas calças. Depois, ele me tocou e rezou. Ele ia encostando e me abraçando”, disse um dos ex-seminiaristas.

Os autores das acusações contra o arcebispo não tiveram os nomes revelados por questão de segurança.

O segundo coroinha a relatar o abuso afirmou que Dom Alberto dizia, ao tocá-lo, que isso “é coisa de homem”. “Quando ele me tocou, disse que era normal. Coisa de homem. Eu não via maldade porque confiava muito, mas aquilo foi se tornando permanente. Comigo foram dois anos”, falou.

Outro deles ainda disse que o religioso fazia ameaças para que os jovens não contassem o que estava acontecendo. “Ele pediu para baixar as minhas calças, aí eu abaixei até o joelho. Ele ficou apalpando. Depois, ele fazia ameaças: ‘Não fale nada porque vai ser muito pior para você’”.

Os ex-seminaristas citaram um livro de “procedimentos para tratamento da cura da homossexualidade”. De acordo com eles, o texto dizia que ser homossexual precisava de tratamento. Além disso, Dom Alberto teria pedido para que eles anotassem “o tamanho do órgão genital ereto” em um caderno.

Os quatro coroinhas formalizaram no Ministério Público acusações de assédio e abuso sexual contra o arcebispo. Na época dos acontecimentos, eles tinham entre 15 e 18 anos. Um deles até hoje não teria contado o caso para a família. “Seria um baque para os meus pais. Eles confiarem na Igreja e a Igreja entregar seu filho como ela entregou”, falou.

Durante uma missa, Dom Alberto se defendeu das acusações e disse que nem sequer foi ouvido antes de ser investigado. “Se alguém, porventura, pensasse por ação do demônio em acabar com a Igreja católica, enganou-se. Deus vai fazer mais do que possamos imaginar”, disse.

O inquérito, que corre sob segredo de Justiça, aponta que os crimes teriam ocorrido há pelo menos seis anos, em 2014, quando os jovens tinham entre 15 e 20 anos de idade e estudavam para se tornarem padres ou durante o processo de desligamento do seminário.

O vaticano enviou a Belém uma comissão de investigação prevista dentro do Direito Canônico para ouvir todos os envolvidos na história, mas, até o momento, nenhuma conclusão foi tornada pública.

Metrópoles

 

 

 

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