Explosão de covid assusta mercados

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Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

O crescimento de 2,6% no volume de serviços prestados no país em novembro, na comparação com outubro, foi maior do que o esperado pelo mercado, cujas estimativas giravam em torno de 1%. Mas o recrudescimento da pandemia nas últimas semanas é um risco para a recuperação do setor, afirma Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).

“A variação foi mais alta que o esperado, mas é preciso cautela ao analisar o resultado, porque há segmentos dentro do setor que ainda mostram grande dificuldade para reagir”, diz Tobler, citando transporte aéreo, atividades turísticas em geral e aquelas ligadas ao funcionamento das empresas, como serviços de limpeza e manutenção, e outros serviços prestados às famílias.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no total, o volume dos serviços ainda está 3,2% abaixo do nível pré-pandemia, em fevereiro. Varejo e indústria, enquanto isso, já recuperaram as perdas do início de 2020.

Para o economista, aqueles segmentos mais afetados não devem voltar aos níveis anteriores antes de haver uma vacinação em massa da população contra a covid-19.

Os dados do IBGE mostram que o setor de serviços continua no padrão pandemia, com serviços relacionados ao home office e ao isolamento social (TV por assinatura, internet, por exemplo) e serviços financeiros se saindo melhor que os prestados às famílias fora dos segmentos de alojamento e alimentação.

Os chamados “outros serviços prestados às famílias”, que envolvem manicure, cabeleireiro, lazer, cultura, atividades esportivas e educação, cresceram pouco (1,5%) na comparação com outubro e não arrefeceram a queda ante o mesmo período do ano passado (-27,6%).

Ainda que cenas de aglomeração tenham se tornado comuns em diversas partes do país, essa movimentação não está senda transformada em consumo suficiente para recuperar a receita das empresas de vários segmentos, pondera Tobler.

“Por mais que haja flexibilização e que as pessoas saiam, há restrições, há regras sanitárias e parte da população continua cautelosa. Restaurantes funcionam com menos mesas, hotéis não trabalham com sua total capacidade”, diz o economista do Ibre-FGV. “É difícil esperar uma recuperação completa sem solução para a pandemia.”

Neste sentido, a forte elevação de casos de contaminação e mortes pode colocar um freio na retomada do setor, assim como o fim dos programas de apoio do governo, que afetam a renda dos consumidores.

Em dezembro, Tobler acredita que o setor pode ter um número positivo, mas não na mesma magnitude de novembro. “No Rio de Janeiro, por exemplo, não houve festa de fim de ano”, lembra.

Valor Econômico 

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