Governo Bolsonaro aumentou compra de leite condensado em 72,9%

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Foto: Isac Nóbrega/PR

Levantamento feito pela Associação Contas Abertas junto ao portal Painel de Compras, do Ministério da Economia, mostra que os gastos do Poder Executivo apenas com leite condensado em 2020 foram bem maiores do que no ano anterior. Somaram R$ 18,5 milhões, volume 72,9% superior do que os R$ 10,7 milhões contabilizados em 2019.

Conforme os dados da entidade, o Ministério da Defesa foi o órgão que mais gastou com esse produto que o presidente Jair Bolsonaro gosta de passar no pão. A pasta foi responsável R$ 17 milhões do total de R$ 18,5 milhões adquiridos pelo governo federal no ano passado. Esse montante é 82,8% superior aos R$ 9,3 milhões contabilizados em 2019 com o mesmo produto.

Considerando que uma lata da marca mais famosa no mercado custa de R$ 5 a R$ 6 — valor bem acima do que costuma ser uma cotação de compras governamentais — o governo teria comprado mais de 10,1 mil a 8,4 mil latas de leite condensado por dia.

Além do valor, chama a atenção o valor nutritivo dos alimentos comprados pelo Poder Executivo, na avaliação de Gil Castello Branco, secretário-geral da Contas Abertas. “Essa dieta não é nada balanceada, todo mundo está perguntando quem é o nutricionista”, ironizou.

Castello Branco lembrou que o governo gastou mais com batata frita do que com leite condensado, por exemplo, e as compras no ano passado, de R$ 1,8 bilhão, também incluíram os gastos com alimentação das tropas da Defesa e também os das universidades e dos hospitais federais.

A divulgação da compra de alimentos pelo governo, feita pelo site Metrópoles, provocou uma procura maior de consultas ao Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União (CGU). A demanda provocou instabilidade no site. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) questionou a CGU pelo ocorrido, por meio de um ofício enviado ontem. Procurado, o Tribunal de Contas da União confirmou que recebeu o documento, mas o tribunal ainda “não foi autuado processo correspondente”. “Após a autuação e definição do relator, o processo segue para a análise da área técnica e logo após segue para manifestação do relator e do plenário do TCU”, acrescentou a Corte.

As informações sobre as compras do Poder Executivo, que constam da representação dos parlamentares, foram obtidas no Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União, segundo o documento. Assim como o Painel de Compras, estavam instáveis desde o ontem. Procurada, a CGU confirmou os problemas na página devido ao grande volume de acessos. “A área de Tecnologia da Informação da CGU identificou o comportamento instável e a sobrecarga pela qual o Portal está passando e está apurando detalhes da ocorrência par identificar as causas exatas, enquanto concentra esforços, de forma prioritária, em busca de soluções para restabelecer o serviço com a maior brevidade possível”, disse a pasta, em nota divulgada pela manhã desta quinta-feira (27/01).

Vieira e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foram alguns dos parlamentares acionaram o Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar as compras com alimentos do Poder Executivo, que apresentaram gastos milionários não apenas com leite condensado, mas também, com vinho e até batata frita. Rodrigues ainda protocolou na Procuradoria-Geral da República (PGR) um requerimento para que o órgão investigue a instabilidade no Portal da Transparência.

O vice-presidente minimizou a polêmica do leite condensado e disse que é mais “fumaça”. Bolsonaro, irritado, afirmou que o governo comprou o produto para “enfiar no rabo da imprensa”.

Em nota divulgada na noite de hoje, o Ministério da Defesa justificou o gasto afirmando que as Forças Armadas devem, por lei, prover alimentação aos militares em atividade. “Ao contrário dos civis, os militares não recebem qualquer auxílio alimentação. O efetivo de militares da ativa é de 370 mil homens e mulheres, que diariamente realizam suas refeições, em 1,6 mil organizações militares espalhadas por todo o país”, informou a pasta.

Correio Braziliense

 

 

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