Itália mantém alunos fora da escola e prorroga quarentena

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Foto: Laura Lezza/Getty Images

O governo da Itália decidiu nesta terça-feira, 5, adiar a reabertura das escolas de ensino médio, como parte das restrições para conter a propagação da Covid-19, uma medida que preocupa devido ao aumento do abandono escolar após meses de ensino a distância.

As salas de aula, no entanto, serão limitadas a 50% de capacidade, e o retorno presencial às escolas de ensino médio começará em 11 de janeiro e não em 7 de janeiro, como programado inicialmente. Em algumas regiões do país, as que divulgaram decretos mais duros, como Campânia, Marche, Veneto e Friuli, as aulas só serão retomadas presencialmente no início de fevereiro.

A demora do retorno das aulas e o contínuo uso do ensino à distância causa receios de abandono escolar no país. Segundo um estudo da ONG Save The Children, que entrevistou 1.000 adolescentes entre 14 e 18 anos, 28% dos entrevistados afirmaram que ao menos um colega de classe abandonou as aulas porque não tinham acesso ao ambiente digital, um espaço adequado para estudar em casa, ou de sentirem dificuldades de se concentrar e aprender.

“Há o risco de que as grandes ausências escolares se transformem em abandono permanente e que muitos adolescentes, em um contexto de grave crise econômica, acabem entrando nas filas dos trabalhadores explorados”, alertou Raffaela Milano, diretor da ONG para a Europa.

Enquanto as datas para a reabertura das escolas estão mais definidas, a situação das restrições ainda está por ser definida. Enquanto a Itália se prepara para o último feriado das festas de fim de ano, o dia da Epifania, celebrado em 6 de janeiro, as autoridades colocaram todo o país sob o alerta vermelho, permitindo somente um transito limitado de pessoas e o funcionamento dos serviços essenciais.

No novo decreto, o governo prolongou a proibição de circulação entre as diferentes regiões até 15 de janeiro e confirmou que bares, cafeterias e restaurantes permanecerão fechados em 9 e 10 de janeiro. Toda a península foi classificada como área “vermelha”, ou seja, de alto risco de contágio, durante as celebrações de fim de ano, que acabam em 6 de janeiro.

Na sexta-feira, 8, o Ministério da Saúde italiano irá publicar um estudo que irá reorganizar as regiões no sistema de alertas impondo novas restrições.

A Itália foi um dos primeiros países do Ocidente atingido pela Covid-19 no início de 2020. Atualmente, acumula 1.856.288 casos, incluindo 70.685 mortes, segundo a Johns Hopkins University. Em novembro, casos diários chegaram a cerca de 40.000 no país, mas caíram para 20.000 em janeiro deste ano.

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