Mourão vai demitir assessor que entregou conspiração

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Foto: Bruno Batista/Vice-Presidêcia / Agência O Globo

O vice-presidente Hamilton Mourão disse ao GLOBO nesta quinta-feira que vai exonerar o chefe da Assessoria Parlamentar da Vice-Presidência da República, Ricardo Roesch Morato Filho, depois que o site “O Antagonista” revelou mensagens do servidor conversando com o chefe de gabinete de um deputado federal sobre as articulações em curso no Congresso para um eventual impeachment de Jair Bolsonaro. Segundo Mourão, o assessor agiu sem o seu consentimento.

Ainda de acordo com o vice-presidente, o auxiliar negou ter sido o autor das mensagens e alegou que teve o celular hackeado, mas ele não acreditou na versão. Mourão informou que a exoneração será publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União.

“Agiu sem meu consentimento e contra minhas determinações. Será exonerado”, escreveu o vice-presidente, por volta das 16h50. “(O assessor) Está negando com o argumento de que o celular foi hackeado, o que para mim não é verdade”, complementou Mourão.

Mais cedo, a assessoria de comunicação da Vice-Presidência havia divulgado nota rebatendo a matéria de “O Antagonista”, publicada pela manhã. O novo posicionamento de Mourão ocorreu depois de o site divulgar reproduções da troca de mensagens de Ricardo Roesch Morato Filho com o assessor de um deputado.

A nota dizia que o vice-presidente “repudia a inverdade de toda a narrava e afirma que ninguém de sua equipe teve, tem ou terá este tipo de comportamento”. “Se assim agir, será considerado desleal. Isso parece ser mais uma jogada para buscar turvar as relações do Vice-Presidente com o Presidente da República”, acrescentou a assessoria.

O texto também reproduzia uma declaração de Mourão, que é general da reserva do Exército: “… Na profissão que exerci por 46 anos a lealdade é uma virtude que não se negocia”.

“A Vice-Presidência destaca que o momento ora vivido em nosso Brasil é de união de esforços para salvar vidas e restabelecer o crescimento econômico. Este tipo de cobertura jornalística: inconsistente e inverídica em nada, absolutamente nada, agrega a todo esforço do Governo Federal em cumprir seus objetivos de informar e esclarecer a sociedade brasileira com informações úteis que merecem ser conhecidas”, concluiu a assessoria.

Na conversa reproduzida pela reportagem, o contato identificado como “Ricardo Roesch” aborda o assessor de um deputado federal, cuja identidade não foi revelada, o chamando de “irmão”. E diz que quando o parlamentar quiser agenda com Mourão é “só avisar”. O assessor diz que o seu chefe possivelmente vai querer.

Em seguida, Roesch diz que “precisamos tomar um café mais reservadamente”, ao que o interlocutor concorda. Ele então comenta: “Eu tenho conversado com os assessores de depurados [sic] mais próximos é bom sempre estarmos preparados”. Quando o assessor pergunta para que, Roesch responde que “nada demais, articulação normal mesmo”.

Mas, na sequência, introduz o assunto da possível sucessão de Mourão ao posto de Bolsonaro. “Sabe que Mourão dividiu a ala militar”, disse ele em uma mensagem. “Antes Heleno dominava agora estão divididos – Capitão está errando muito na pandemia – Gal. Mourão é mais preparado e político você sabe disso”, complementou, em referência ao também general aposentado do Exército Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e ao presidente Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército.

O assessor do deputado respondeu, segundo as reproduções obtidas pela reportagem, que não pode ter esse tipo de conversa porque seu chefe não iria gostar, mas disse que continuaria falando com ele. Roesch então encerra a conversa: “relaxa”.

O Globo 

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