Bia Kicis ganha pontos quando fica de boca fechada

Sem categoria

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

A repercussão da prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) fortaleceu a articulação para indicar Bia Kicis (PSL-DF) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. A confirmação do nome dela agora é vista como provável entre lideranças.

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, já disse a interlocutores que irá barrar candidaturas avulsas de outros partidos para a presidência da comissão. Após a prisão de Silveira, Bia Kicis não se solidarizou publicamente e tentou demonstrar comedimento aos pares.

O gesto foi bem recebido por lideranças do Centrão, que agora avaliam que o extremismo de Bia Kicis virou “café com leite” perto do discurso que fez com que Daniel Silveira fosse preso. Silveira xingou e ameaçou a integridade física de membros do Supremo Tribunal Federal (STF), defendendo destituir a Corte.

Outra avaliação que tem circulado entre líderes é de que a Câmara acaba de fazer um gesto expressivo ao STF ao manter a prisão de Silveira e, por isso, tem “crédito” para liberar a indicação de Bia Kicis. Alguns ministros do Supremo ficaram contrariados com a escolha da deputada para a CCJ no início do mês.

O líder do PSL, Vitor Hugo (GO), disse ao GLOBO que indicará à comissão nas vagas do partido apenas deputados que se comprometerem em não disputar a presidência com Bia Kicis. Apenas deputados do PSL poderiam concorrer contra ela, segundo o entendimento dos líderes.

A única possibilidade de disputa, portanto, será se algum líder de outro partido ceder uma vaga a um deputado do PSL que queira concorrer contra Bia. Bolsonaristas acreditam que isso não deve acontecer, já que líderes de centro não querem se indispor com Lira. Os de esquerda, por outro lado, não querem dar espaço a um deputado do PSL, mesmo se o objetivo for derrotar Bia Kicis, nesse raciocínio.

A ala de oposição a Bia Kicis dentro do PSL ainda se fia nessa possibilidade. Há uma articulação para que Luis Tibé (MG), líder do Avante, ceda sua vaga a algum deputado contrário a Bia Kicis. Tibé disse ao GLOBO que isso “nem foi cogitado”.

Ex-procuradora no Distrito Federal, a deputada de primeiro mandato é conhecida pela posição conservadora e negacionista. Bia é investigada no chamado “Inquérito das Fake News” que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), acusada de disseminar desinformação.

A Comissão de Constituição e Justiça é a mais importante da Casa. É responsável por analisar se projetos se adequam à Constituição e à lei. O anúncio da futura indicação de Bia Kicis para a presidência da comissão, endossada pelo presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), gerou reação negativa na esquerda.

Deputados aliados a Lira temem que, mesmo após a eleição de Bia se concretizar, ela não tenha condições de presidir a comissão. Há a preocupação de que ela sofra algum tipo de boicote da oposição. O presidente da Câmara, porém, deve manter a palavra de que a indicação cabe a Vitor Hugo, líder do PSL.

Assim como os demais bolsonaristas do PSL, Kicis votou contra a manutenção da prisão de Daniel Silveira. Apesar da afinidade ideológica com o colega, ela tentou manter distância do caso para se preservar.

A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), aliada de Bia Kicis, disse também que abriu mão de pleitear o cargo que hoje é de Joice Hasselmann (PSL-SP) na Secretaria de Comunicação da Câmara. A ideia também é facilitar a indicação na CCJ.

O Globo 

O blogueiro Eduardo Guimarães foi condenado pela Justiça paulista a indenizar o governador João Doria em 20 mil reais. A causa foi um erro no título de matéria do Blog da Cidadania. O processo tramitou em duas instâncias em seis meses DURANTE A PANDEMIA, com o Judiciário parado. Clique na imagem abaixo para ler a notícia

Quem quiser apoiar Eduardo e o Blog da Cidadania pode depositar na conta abaixo.

CARLOS EDUARDO CAIRO GUIMARÃES
BANCO 290 – PAG SEGURO INTERNET SA
AGÊNCIA 0001
CONTA 07626851-5
CPF 100.123.838-99

Eduardo foi condenado por sua ideologia. A ideia é intimidar pessoas de esquerda. Inclusive você. Colabore fazendo um ato político, ajudando Eduardo com qualquer quantia.