Bolsonaro emplaca aliados nas CCJs e se blinda contra impeachment

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Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Acordos feitos pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vão entregar as comissões de Constituição e Justiça (CCJs) das duas Casas a aliados do Palácio do Planalto.

As CCJs são as comissões mais importantes do Congresso. Analisam, por exemplo, a legalidade e a admissibilidade de projetos e matérias.

Na Câmara, a vaga ficará com Bia Kicis (PSL-DF), deputada bolsonarista investigada no inquérito das fake news que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), como adiantou a GloboNews na terça

Bia é uma das principais aliadas do presidente Bolsonaro, faz parte da ala ideológica e tem comportamento negacionista a respeito da pandemia. O temor de deputados que conversaram com o blog é de que, no comando da CCJ, ela dê prosseguimento a pautas de costumes – exatamente a agenda prioritária do Planalto.

O deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que é indicado a vice-presidente da Câmara, disse ao blog na terça (2) que a indicação de Bia para o comando da CCJ será formalizada depois, mas confirmou a existência de um acordo para, em troca dessa indicação, acomodar na 1ª secretaria o presidente PSL, Luciano Bivar – opositor de Bolsonaro.

Diante da repercussão negativa, aliados de Arthur Lira tentam convencer o PSL a lançar outro candidato para disputar com a deputada a indicação para a CCJ. Um dos nomes cogitados nos bastidores é o do deputado Marcelo Freitas (MG).

Aliados de Lira apostam, ainda, numa candidatura avulsa de alguém do PSL. Pelo acordo com o presidente da Câmara, o comando da CCJ é do PSL – mas a indicação do partido precisa ser votada pelos membros da comissão.

O PSL na Câmara deve, ainda, ocupar as comissões de Educação e de Relações Exteriores, áreas caras ao governo.

No Senado, o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB), disse ao blog que a vaga na CCJ deve ficar com o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM).

Com isso, o DEM se fortalece nas principais posições na Casa. Pacheco, também do DEM, teve a candidatura à presidência da Casa patrocinada por Alcolumbre.

O ex-presidente do Senado é visto como fiel ao Palácio do Planalto, que é grato a ele, por exemplo, pelo não prosseguimento de processos no Conselho de Ética que pedem a cassação do mandato do senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ), investigado no caso das rachadinhas.

G1  

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