Defesa de Lula acha “cérebro” da conspiração

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Os arquivos dos hackers começam a produzir sucessivas bombas conforme a defesa de Lula os examina. Graças aos arquivos da Vaza Jato a defesa de Lula obterá na Suíça provas que a Lava Jato e os tribunais superiores vinham sonegando.

A defesa de Lula usará conversas entre a Lava Jato, autoridades suíças e Sérgio Moro para provar à Justiça cooperação estabelecida entre os dois países existentes nos arquivos originais dos servidores da Odebrecht no país europeu.

De acordo com as mensagens, Moro e procuradores acertaram atos processuais e, em conversas secretas pelo Telegram, estabeleceram acordos sobre como proceder com a denúncia contra o ex-presidente, meses antes da apresentação formal do caso.

Os documentos liberados pelo STF para a defesa de Lula já estão com advogados dele na Suíça, que agora preparam ação para mostrar ao Ministério Público em Berna, que negara ao ex-presidente os documentos originais do sistema de propinas da Odebrecht adulterados para incriminá-lo.

Quem adulterou? Há pistas?

Não é à toa que o Ministério Público tentou nesta quarta-feira 3 de fevereiro, de novo, tirar de Lula os arquivos contendo as mensagens entre Moro e Dallagnol.

Uma das razões é a descoberta nas mensagens da Vaza Jato de um personagem singular, o ex-procurador suíço Stefan Lenz, demitido pelo Ministério Público suíço por manter encontros informais com procuradores da Lava Jato para vender informações.

Lenz foi considerado, dentro do MP suíço, como o “cérebro” das investigações sobre o caso brasileiro…

Qual é a importância disso? Em outubro de 2016, Lenz rompeu com o MP da Suíça. Mas, enquanto ainda ocupava o cargo no Ministério Público da Suíça, ofereceu informações que mostrariam que a Odebrecht adulterou provas para incriminar Lula para fechar acordo de leniência com a Lava Jato.

O mais impactante é que as mensagens entregues a Lula demonstram que os crimes da Lava Jato são maiores do que se imaginava. Crimes que podem levar à cadeia aqueles que tanto lutaram para prender o ex-presidente.