Governo paulista cita suposta superioridade da vacina chinesa

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Foto: Divulgação / Governo SP

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, admitiu preocupação com o impacto que o surgimento de novas variantes do coronavírus pode ter na eficácia das vacinas, mas afirmou que as características da CoronaVac minimizam a possibilidade de problemas.

Covas participou nesta sexta-feira do lançamento do Projeto S, estudo clínico que será realizado na cidade de Serrana, na região de Ribeirão Preto, e planeja imunizar a maioria da população da cidade para avaliar o impacto da vacina em toda uma cidade.

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— Temos agora uma variante que é considerada brasileira, começou no Amazonas, e potencialmente pode trazer problemas para algumas vacinas, principalmente para aquelas que são baseadas na proteína S. Incluém-se nesse tipo de vacina a da AstraZeneca, da Pfizer, a Sputnik, da Rússia, e a da Johnson & Johnson— afirmou Dimas Covas.

A CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o órgão paulista, usa um método diferente. As vacinas citadas por Dimas Covas usam tecnologia de vetor viral: os genes do coronavírus são introduzidos em outro vírus, alterado geneticamente para não se multiplicar.

— A vacina do Butantan é diferente. É baseada no vírus inteiro inativado. O vírus foi quebrado nos seus pedaços e eles formam a vacina. Quando o indivíduo recebe esses pedaços do vírus, ele produz uma resposta imunológica ampla — afirma.

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A CoronaVac usa o vírus inativado. Nesse caso, o vírus inativa não consegue se replicar, mas sua presença ativa o sistema imunológico.

Por isso, argumenta Covas, a possibilidade de a CoronaVac ter sua eficácia cancelada com novas variantes é menor.

— A chance dessa vacina ter problema com as variantes é menor do que as demasi que são baseadas em um unico pedaço do vírus. Preocupa? Sim. Vamos monitorar — afirma.

Durante o evento, o diretor do Instituto Butantan ainda demonstrou dúvidas sobre a capacidade de o Brasil conseguir vacinar 80% da população até o fim do ano e atingir a imunidade de rebanho.

Covas foi questionado sobre a afirmação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de que o país vacinaria a “população elegível” até dezembro. Segundo o diretor do Butantan, entretanto, ainda não está claro de onde virão todas as vacinas necessárias para atingir essa meta.

— Para obter a chamada imunidade de rebanho, teríamos que ter 340 milhões de doses. Nesse momento, esse quantitativo, embora numericamente possa já estar contratado, ainda não existe de fato, não existe de forma efetiva. A única vacina disponível em grande quantidade no Brasil é a vacina do Butantan — afirmou, defendendo o imunizante que produz.

Segundo Covas, a partir do dia 23 de fevereiro, o Instituto Butantan começará a disponibilizar, diariamente, 600 mil doses por dia da CoronaVac para o Programa Nacional de Imunizações.

— Serão necessárias outras vacinas e a grande dúvida é qual vai ser a contribuição da Fiocruz nesse processo. Essa é a dúvida, qual o quiantitativo que teremos além dessas 100 milhões de doses do Butantan. Essa afirmação do ministro precisa ser respaldada em fatos que até o momento ainda não existem — disse Dimas Covas.

No último sábado, a Fiocruz recebeu o primeiro lote do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina AstraZeneca/Universidade de Oxford. Os 90 litros do material, que é a matéria-prima do imunizante, foram importados da China e resultarão na produção de 2,8 milhões de doses. Nesta sexta-feira, a instituição envasará os primeiros frascos na sua sede em Manguinhos, Zona Norte do Rio. A meta é produzir 100 milhões de doses até o fim do primeiro semestre deste ano.

O Globo 

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