Maiores bancos lucram durante a pandemia

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Foto: Fábio Motta / Agência O Globo

 Os maiores bancos do país passaram no azul pelo ano marcado pelo início da pandemia do novo coronavírus, que sacrifica vidas e deixa um rastro de dificuldades financeiras para trabalhadores e negócios na maior parte dos setores.

O setor financeiro, que começou o ano com crédito represado diante da expectativa de disparada na inadimplência, conseguiu encerrar 2020 com lucro. Mas os ganhos foram menores que os de 2019 para as grandes instituições financeiras.

É o que mostram os balanços dos três maiores bancos privados em atuação no país, divulgados nos últimos dias. Para reduzir os impactos da crise, eles fizeram o dever de casa com ações para cortar custos, como o fechamento de agências.

Também elevaram provisões ao longo do ano para possíveis perdas, o que afetou seus resultados.

Queda de quase 25% no lucro do Bradesco
Na quarta-feira, o Bradesco superou previsões do mercado para o quarto trimestre de 2020: R$ 6,8 bilhões, alta de 2,3% ante mesmo período de 2019. Na comparação com o terceiro trimestre, foi um salto de 35,2%.

Mas no acumulado do ano passado, o segundo maior banco do país viu o seu lucro cair 24,8%, em comparação com 2019. Ainda assim, o banco registrou um lucro líquido de R$ 19,46 bilhões em 2020.

O bom resultado nos últimos três meses de 2020 se deveu principalmente ao controle de despesas operacionais (que caíram 2,1%) e ao aumento do crédito, que compensaram o efeito de maiores provisões para perdas com inadimplência: R$ 4,57 bilhões.

Um sinal apontado pelo banco como de retomada econômica foi o aumento de 7,3% em sua receita com serviços no último trimestre do ano, embora no acumulado de 2020 tenha faturado 1,3% menos neste item.

A carteira expandida de crédito do Bradesco fechou dezembro em quase R$ 687 bilhões, alta de 10,3%. A meta do banco para 2021 é de um crescimento entre 9% e 13%.

Apesar de um lucro bem menor que o do ano anterior, o presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari Jr., afirmou que o desempenho mostrou a capacidade do banco de enfrentar cenários adversos, como o da pandemia.

“Crescemos no crédito, reduzimos a inadimplência e adotamos como mantra a austeridade total na estrutura de custos da organização, inclusive com a consolidação das agências sobrepostas”, afirmou o Lazari Jr. em comunicado do banco.
Ele destacou a redução de custos e o que chamou de “conservadorismo” da política de provisões do banco diante do cenário indicando aumento da inadimplência.

O Santander Brasil também teve resultados melhores que os projetados pelos analistas nos últimos três meses de 2020, de acordo com o balanço também divulgado na quarta-feira.

O lucro líquido foi de R$ 3,96 bilhões no quarto trimestre, alta de 6,2% na comparação com o mesmo período de 2019. Em relação ao trimestre anterior, o avanço foi de 1,4%.

No ano, o lucro do Santander também ficou abaixo dos registrado em 2019. O banco encerrou 2020 com lucro de 13,8 bilhões, recuo de 4,8% em relação aos R$ 14,5 bilhões do ano anterior.

O banco terminou dezembro com uma carteira de crédito ampliada de R$ 512 bilhões.

No último trimestre do ano, o terceiro maior banco privado no Brasil, teve queda de 2% nas provisões para créditos de liquidação duvidosa e aumento nas receitas de tarifas e de 3,4% para perdas com inadimplência.

As perdas com calotes terminaram o ano em 2,1%, abaixo dos 2,9% de dezembro de 2019. O Santander atribuiu a queda à estratégia do banco de oferecer prorrogação de prazos para clientes pessoas físicas e jurídicas em dificuldades em meio à pandemia.

Itaú Unibanco teve queda de 28,9% no lucro
Os resultados de Bradesco e Santander estão em linha com os do maior banco privado do país, o Itaú Unibanco, que divulgou balanço financeiro na segunda-feira com lucro de R$ 18,9 bilhões.

A cifra é 28,9% menor que o ganho do banco em 2019, quando alcançou R$ 26,6 bilhões. O Itaú Unibanco atribuiu a queda ao aumento das despesas com provisão para perdas com o forte impacto da pandemia sobre a economia.

“Além das questões conjunturais provocadas pela pandemia de Covid-19, que ainda impactam o desempenho do banco, seguimos em um contexto competitivo particularmente dinâmico”, afirmou Milton Maluhy, novo presidente-executivo do banco, por meio de um comunicado.

No quarto trimestre, diferentemente dos rivais, o Itaú não teve avanço expressivo nos seus resultados. O lucro ficou em R$ 7,59 bilhões, praticamente o mesmo resultado registrado nos últimos três meses de 2019: 7,48 bilhões.

Para este ano, Maluhy indicou que o ambiente econômico ainda será desafiador. Ele destacou como principal tarefa do banco aprofundar seu processo de digitalização para aumentar eficiência. “Não faltarão desafios em 2021”, resumiu o executivo.
O Globo

 

 

 

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