Regime russo fez 10 mil prisões políticas

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Foto: Kirill KUDRYAVTSEV/AFP

Mais de 10.000 pessoas foram detidas na Rússia desde o início, em 23 de janeiro, das manifestações para exigir a libertação do opositor russo Alexei Navalny, de acordo com dados da ONG OVD-Info.

A Presidência russa considerou nesta quarta-feira, 03, a repressão às manifestações da oposição como “justificada”, porque representam uma ameaça à segurança. “Os apelos a ações não autorizadas constituem uma provocação (…) A polícia reagiu de forma determinada pelas ameaças que poderiam ter surgido”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, dizendo-se satisfeito com a “ação firme” das forças de ordem.

A organização OVD-Info, especializada em monitorar as manifestações, também denunciou o tratamento degradante a que são submetidos os detidos. Muitos manifestantes foram amontoados em ônibus “em condições terríveis e sufocantes, sem comida e sem poder ir ao banheiro por horas”, declarou Grigori Durnovo, responsável por esta ONG, à rádio Echo Moscou.

Além disso, é “muito difícil para advogados e juristas o acesso às delegacias. Não os deixam entrar, é algo sistemático”, acrescentou Durnovo.

Em 23 de janeiro, 4.000 pessoas foram detidas em manifestações pró-Navalny, em 31 de janeiro 5.700 e na terça-feira, 2 de fevereiro, após a sentença de Navalny a uma pena de prisão em regime fechado, 1.400. Numerosos testemunhos sobre as condições de detenção circulam nas redes sociais.

“Mais de 40 horas se passaram desde nossa prisão. Praticamente não fomos alimentados, estamos em um ônibus, forçados a ficar de pé”, declarou um detido em um vídeo postado no Instagram e transmitido na terça-feira pelo canal de televisão Dojd. “Não podemos nos mexer, não temos água, não nos levam ao banheiro”, acrescentou, assegurando que dezenas de outros veículos da polícia estão cheios de manifestantes.

Com o objetivo de dissuadir os manifestantes, as autoridades russas alertaram que verificariam se os detidos cumpriram o serviço militar obrigatório. Neste sentido, o chefe do Comitê de Investigação, Alexandre Bastrykine, disse na terça-feira que serão feitas verificações para garantir que os homens presos tenham de fato cumprido o serviço militar.

Muitos países do mundo condenaram a prisão e condenação de Alexei Navalny, bem como a repressão às manifestações, dando origem a novas tensões entre a Rússia e as potências ocidentais. Moscou rejeita críticas e denuncia a interferência estrangeira em seus assuntos internos.

O oposito foi condenado nesta terça-feira a dois anos e 8 meses de prisão devido a um processo criminal de 2014. A Promotoria o acusou de “violar sistematicamente” as condições da pena de liberdade condicional emitida há cinco anos.

Navalny foi preso em 17 de janeiro quando voltava da Alemanha, onde ficou hospitalizado por conta de uma tentativa de envenenamento com um agente nervoso que sofrera na Rússia em agosto. O advogado acusa Putin pelo atentado, mas o governo nega qualquer envolvimento.

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