TRF4 aceita recurso de Lula pela primeira vez

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Foto: Marcelo Brandt/G1

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) aceitou, nesta quarta-feira (24), um habeas corpus da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manteve suspensa a ação que apura suspeitas de pagamento de propina supostamente disfarçada de doação ao Instituto Lula, após investigação da Operação Lava Jato.

O julgamento foi por unanimidade. A íntegra dos votos dos três integrantes da 8ª Turma do Tribunal — desembargador federal João Pedro Gebran Neto, juiz federal Marcelo Cardozo da Silva e desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz — ainda não foi disponibilizada.

No dia 24 de dezembro de 2020, o vice-presidente do tribunal, desembargador federal Luís Alberto D’Azevedo Aurvalle, já havia concedido o pedido, em exame a recurso durante o plantão judiciário.

A ação ainda tramita, em primeira instância, na 13ª Vara Federal de Curitiba. O prazo para manifestação da defesa do ex-presidente foi aberto em 15 de novembro, finalizando em 7 de janeiro.

No entanto, segundo o advogado Cristiano Zanin Martins, que atua na defesa de Lula, documentos que baseiam a denúncia não foram integralmente disponibilizados ao réu.

“Pedimos em primeira instância que o prazo de defesa fosse interrompido, uma vez que o Ministério Público Federal não levou aos autos todos os documentos que foram usados para produzir a acusação e são expressamente citados”, diz.

O pedido foi negado, e a defesa recorreu ao TRF-4. “A denúncia faz referência a diversos documentos que não foram anexados aos autos. Entendemos que o prazo não poderia ser deflagrado até a apresentação desse material”, afirma o advogado.

Entre os documentos, diz Zanin, estão uma suposta planilha, que teria várias versões.

“Então pedimos que as versões sejam anexadas, porque esse material está referido na denúncia. Precisamos conhecer a integra desse material”, conclui.

Denúncia sobre o Instituto Lula
Além do ex-presidente Lula, a denúncia inclui o ex-ministro Antonio Palocci e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Os três são acusados de lavagem de dinheiro.

De acordo com os procuradores, entre dezembro de 2013 e março de 2014, o grupo Odebrecht fez doações simuladas ao Instituto Lula, que totalizaram R$ 4 milhões.

O MPF afirma que, embora os repasses tenham sido feitos de maneira formal, o dinheiro teve origem no esquema de corrupção na Petrobras e tinha Lula como destinatário.

A ação tramita em primeira instância, ainda sem sentença. Confira abaixo manifestação da defesa sobre a acusação.

Lula já foi condenado duas vezes pela Lava Jato, após denúncias envolvendo recebimento de propina, uma em 2018, pelo caso do Triplex, e uma em 2019, pelo caso do Sítio de Atibaia.

Há ainda mais um processo, envolvendo um terreno e um apartamento em São Paulo, que ainda não foi julgado.

Nota da defesa de Lula
“É totalmente descabido e sem materialidade esse quarto processo que a Lava Jato abriu contra o ex-presidente Lula, exatamente como os processos anteriores. Lula é acusado por doações oficiais feitas ao Instituto Lula que estão documentadas em recibos e declaradas à Receita Federal, o que não faz qualquer sentido e reforça o lawfare praticado contra o ex-presidente. Até a presente data, outros 7 processos abertos contra Lula fora da Lava Jato de Curitiba foram arquivados, inclusive aquele que o acusava de integrar uma organização criminosa”.

G1

 

 

 

 

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