Após kit covid e abertura geral, prefeito bolsonarista assume colapso na saúde

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Foto: Allan Santos/PR

Uma cidade populosa, administrada por um aliado do presidente Jair Bolsonaro, resume a forma como o Brasil vai levando a pandemia do coronavírus. Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o prefeito pede isolamento, mas com tantas exceções que elas se tornam a regra. Oferece “tratamento precoce” de graça, mas abandona a promessa de cura quando há vacinas nas quais se agarrar. Faz concessões seguidas a empresários e comerciantes e enfrenta protestos deles mesmos, que querem ainda mais flexibilização. Uberlândia é uma espécie de cidade exemplar da indecisão do poder público diante da pandemia no Brasil. E já se foram 280 mil mortos.

Em julho passado, quatro dias depois de Uberlândia assumir momentaneamente a dianteira de casos de Covid em Minas Gerais, superando até Belo Horizonte, o prefeito da cidade, Odelmo Leão (PP), anunciou um novo protocolo de combate à pandemia: ivermectina e hidroxicloroquina de graça para a população. Em seguida, flexibilizou o decreto de isolamento, liberando feiras livres, lanchonetes e conveniências. O Tribunal de Justiça de Minas mandou Leão recrudescer, enquadrando-o ao plano estadual de enfrentamento da pandemia Minas Consciente, mas a ordem durou pouco. O prefeito recorreu e, em meados de julho, a cidade de 700 mil habitantes bateu a marca de 10 mil infectados – ato contínuo, liberou até shopping center. Duzentas pessoas morreram da doença até aquele mês.

Após oito meses, no dia 2 de março deste ano, o prefeito admitiu que o sistema de saúde de Uberlândia se exauriu. Com 100% dos leitos de UTI ocupados, 184 pacientes esperavam vagas abrirem, e outros já tinham sido transferidos para cidades próximas. “A rede de saúde de Uberlândia colapsou. Friso: colapsou. A situação é caótica. A gente pediu, a gente apelou para que todos compreendessem o momento que vivíamos, para que não chegássemos a essa situação. Infelizmente, muitos não ouviram e duvidaram dessa doença. Hoje a nossa situação é a pior de todas as que vivemos”, afirmou Leão.

Redação com Piauí

 

 

 

 

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