Centrão quer desmonte de equipe de Pazuello na Saúde

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Foto: Marcos Corrêa/PR

A troca do ministro da Saúde não deverá ser suficiente para aliviar as pressões sobre o governo por mudanças na área. Na avaliação de fontes do Palácio do Planalto do Congresso, há insatisfação de integrantes do Centrão, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU) com a equipe montada pelo ministro Eduardo Pazuello, majoritariamente formada por militares, para lidar com a pandemia.

A recusa de Bolsonaro à médica Ludhmila Hajjar irritou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Mas pressão não é meramente fisiológica e de disputa por cargos, no caso do Centrão – grupo que reúne diversos partidos na Câmara e em geral forma um bloco governista, não importa qual seja o governo, sempre em busca de nomeações.

Fontes palacianas identificam um descontentamento geral com o desempenho da pasta na pandemia não só de parte do Legislativo, como também do Judiciário.

As pressões são por mudanças reais na equipe que Pazuello montou, não apenas uma mera troca de ministros.

Ainda não está claro que grau de autonomia foi dada pelo presidente Jair Bolsonaro ao novo ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga. Mas há temores de que sua gestão repita o que acabou ocorrendo com o também médico Nelson Teich.

Sucessor de Luiz Henrique Mandetta, Teich ignorava totalmente o funcionamento da máquina pública e acabou tutelado por Pazuello, colocado por Bolsonaro como secretário-executivo da pasta.

O general nomeou mais de 20 militares para postos-chave no ministério, a seu critério e sem a participação do titular. Teich pediu demissão em 15 de maio, após 29 dias no cargo.

Começou, então, a era Pazuello, quando o país contabilizava 14.817 mortos pelo coronavírus. Hoje, dez meses depois, já são mais de 280 mil vítimas, com o índice diário de mortes se aproximando rapidamente de 3 mil.

Em jantar com parlamentares na segunda-feira em Brasília, Queiroga sinalizou que não fará uma desmilitarização do ministério a toque de caixa. Mas demonstrou que pretende fazer mudanças na equipe e escolher pessoas de confiança, conforme for assumindo os trabalhos à frente da pasta.

Uma fonte ouvida pelo Valor afirma que parlamentares foram informados da possibilidade de Pazuello voltar a ser secretário-executivo, agora sob Queiroga.

Essa solução, porém, seria vista como uma afronta ao Centrão e a grupos no Judiciário, que demandam mudanças efetivas, além de enfrentar oposição de grupos dentro do próprio governo.

Bolsonaro ainda busca um cargo para acomodar Pazuello. Entre as possibilidades, está o de secretário de Assuntos Estratégicos (SAE), hoje ocupado pelo almirante Flávio Rocha, que acumula a função com a de secretário especial de Comunicação Social. Também fala-se em entregar a ele um posto de assessor especial do presidente.

No jantar com deputados, Queiroga acenou que quer manter diálogo frequente com o Legislativo. Indicou ainda que defenderá medidas de combate ao coronavírus, entre elas, uso de máscara e distanciamento social.

Em outro compromisso nas primeiras horas depois de anunciado como novo ministro, Queiroga também viajou ao Rio, na companhia de Pazuello. Ali, jantaram com o governador fluminense, Cláudio Castro, aliado de Bolsonaro. O encontro já estava agendado com Pazuello.

Na conversa, o governador reforçou pedido de ajuda ao Rio no enfrentamento da pandemia, fez um balanço sobre a situação no estado e agradeceu a Pazuello pelo trabalho feito junto ao Rio, mesmo sabendo das limitações impostas ao ministro, disseram fontes. Ontem, Queiroga e Pazuello teriam uma agenda de reuniões no Rio.

A aliados o novo ministro comentou que quer uma posse sem aglomeração – ainda não há data para a cerimônia.

A postura discreta de Queiroga agrada Bolsonaro. Essa percepção se consolidou já que o presidente marcou reunião com ele no domingo para fazer o convite, 24 horas antes, mas houve vazamento.

Valor Econômico

 

 

 

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