Com população negacionista, SC não tem mais leitos de UTI

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Foto: Eduardo Valente/Ishoot/Estadão Conteúdo

Com a saúde pública em colapso, o estado catarinense é o primeiro a adotar um protocolo que permite aos profissionais de saúde decidir quais pacientes devem ter prioridade de atendimento em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em caso de esgotamento de recursos e insumos insuficientes para atender todos os doentes.

O documento, já assinado pela Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina, foi redigido e proposto pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE), Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), com o objetivo de tornar transparentes e impessoais os critérios de eleição de pacientes para ocupação de leitos.

O protocolo, baseado em processos desenvolvidos e já testados nos EUA, permite que os profissionais de determinada unidade de saúde tenham autonomia para definir a lista de prioridade de atendimentos de forma técnica e objetiva, levando em conta diversos fatores.

Os principais indicadores são a presença ou não de comorbidades no paciente e o estágio da doença. O risco iminente de morte, em certos casos, também é observado.

Pode parecer contraditório, mas uma pessoa acamada ou incapaz de promover o autocuidado terá desvantagem na hora da internação ou no acesso aos recursos em relação a uma pessoa considerada saudável. Isto porque a pessoa mais jovem e tecnicamente mais “saudável” tem mais chances de sobreviver caso seja assistida do que uma pessoa que já tem comorbidades e não deve resistir por muito tempo.

De acordo com médica intensivista, Lara Patrícia Kretzer da AMIB, a idade do paciente não é um fator determinante na hora de priorizar o atendimento, mas pode ser levado em conta.

“Se tivermos um cenário para escolher em que temos um jovem com câncer em estágio avançado e um idoso em perfeitas condições de saúde que precisem de internação por Covid-19, o idoso poderá levar vantagem e ter prioridade, mas é evidente que normalmente quanto mais idade a pessoa tem, maior probabilidade de ter uma doença avançada e uma saúde mais frágil.”

No entanto, estes protocolos não devem ser adotados aleatoriamente. Segundo a AMIB e a ABRAMEDE, há certas condições essenciais para se dar início à aplicação destas medidas como, por exemplo, o reconhecimento do estado de emergência em saúde pública e um esforço razoável para aumentar a disponibilidade dos recursos em esgotamento.

A UTI do Hospital Universitário (HU) em Florianópolis está adotando o protocolo desde que a saúde entrou em colapso na capital catarinense, há quatro semanas. Os hospitais Santa Catarina, Santo Antônio e Santa Isabel, em Blumenau, no Vale do Itajaí, também anunciaram que estão aplicando o protocolo.

A Secretaria Estadual de Saúde reiterou, em nota, que todo paciente que precisa de atendimento em Santa Catarina recebe assistência e é estabilizado nas emergências hospitalares e serviços pré hospitalares como UPA 24h e Pronto Atendimento Municipais.

Santa Catarina tem mais de 98% de ocupação geral dos leitos de UTI-COVID. Na manhã desta terça, pelo menos 363 pessoas estão aguardando por uma vaga em unidades de terapia intensiva.

CNN Brasil 

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