Contra repressão, Felipe Neto cria a frente “Cala boca já morreu”

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Foto: Reprodução

Intimado a depor por ter chamado o presidente Jair Bolsonaro de “genocida”, o influencer Felipe Neto reuniu nomes de peso do direito brasileiro em prol de todos que se manifestarem contrariamente ao governo Bolsonaro.

A frente “Cala boca já morreu” será formada pelos escritórios de André Perecmanis, Augusto de Arruda Botelho e Davi Tangerino, que, juntos, vão defender gratuitamente as pessoas que expressarem uma ideia ou criticarem uma autoridade pública.

O serviço poderá ser usufruído por qualquer indivíduo que não possua advogado constituído. Por meio de uma landing page, será possível acionar a equipe responsável pelos encaminhamentos jurídicos.

A queixa-crime foi aberta, segundo o próprio Carlos, na última quinta-feira (11/3), contra o youtuber e a atriz Bruna Marquezine, alegando difamação contra o presidente Bolsonaro.

Felipe Neto conseguiu suspender na Justiça a investigação em envolvendo presidente. Ele teria que prestar depoimento nesta quinta-feira (18/3) na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, zona norte.

“A liberdade de expressão no Brasil está sob ataque de violentos inimigos da democracia. Querem intimidar e silenciar a todos aqueles que criticam autoridades públicas, eleitas pelo povo, e que exercem o poder que têm em nome desse mesmo povo. E para isso, se armam da Lei de Segurança Nacional, herança do passado mais terrível e assombroso do país: a ditadura militar”, destaca Augusto de Arruda Botelho.

“O ‘Cala boca já morreu’ será um grupo da sociedade civil que vai lutar contra o autoritarismo e que será movido pelo princípio de que quando um cidadão é calado no exercício do seu legítimo direito de expressão, a voz da democracia se enfraquece. Não podemos nos calar. Não podemos deixar que nos calem e não vamos”, finaliza Felipe Neto, idealizador do projeto.

Metrópoles