DEM pode até não apoiar ninguém em 2022

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Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O DEM colocou o nome de Luiz Henrique Mandetta na rua, com carta branca para o ex-ministro da Saúde articular uma possível candidatura à Presidência da República em 2022 ou negociar espaço em alguma chapa presidencial de centro, como mostra reportagem de VEJA desta semana, e ainda vê como possível a filiação do apresentador Luciano Huck ao partido.

As costuras para a próxima eleição presidencial ainda estão no início, mas, caso não se viabilize um projeto, as divisões internas do DEM — entre bolsonaristas, independentes e aliados do governador de São Paulo, João Doria (PSDB) — têm levado caciques da sigla a incluir uma outra possibilidade em sua lista de alternativas para 2022: a independência no plano nacional. Assim, candidatos da sigla a governador e a deputado federal nos estados ganhariam prioridade e ficariam liberados para apoiar, conforme as conveniências regionais, os presidenciáveis que quisessem. “É uma realidade difusa, que não consegue estabelecer uma maioria no partido, e pode gerar o caminho da independência”, analisa um parlamentar influente internamente.

A tal “realidade difusa” está posta: os ministros Onyx Lorenzoni, da Secretaria-Geral da Presidência, e Tereza Cristina, da Agricultura, são aliados de Bolsonaro, assim como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e boa parte da bancada na Câmara. Sem um quadro do partido em uma chapa presidencial, é vista como remota a possibilidade de que os bolsonaristas encampem, por exemplo, uma candidatura de Ciro Gomes (PDT), nome avaliado pelo presidente do DEM e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, como um dos mais indicados a subir a seu palanque de candidato ao governo da Bahia – o DEM governa Salvador com uma vice do PDT e Neto já disse a aliados que quer Bolsonaro, mal avaliado entre os baianos, longe de seus planos locais.

O presidente dos Democratas, que se irritou com o governo depois da nomeação de um aliado seu, João Roma, para o Ministério da Cidadania, tenta levar o partido para longe de Bolsonaro e integra uma ala vista internamente como mais “independente”, que inclui nomes como o líder na Câmara, Efraim Filho (PB), e do ex-ministro da Educação Mendonça Filho.

Além de Ciro, com quem se encontrará em breve em Fortaleza, o presidente do DEM é interlocutor frequente de Luciano Huck e conversa com ele de três a quatro vezes por semana. Já o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, é aliado de Doria e deve herdar o Palácio dos Bandeirantes quando o tucano, que já rejeitou a possibilidade de reeleição diversas vezes, entrar na briga pelo Planalto. Fora de São Paulo, no entanto, são poucos no DEM os que querem ouvir falar de Doria. O governador vive situação complicada no PSDB, onde perdeu poder depois de tentar tomar o controle da sigla e ver emergir o nome de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, como antagonista interno.

“A possibilidade da independência não é a desejável, não é a prioridade, não é a primeira opção, mas existe. O ideal é termos um projeto, mas se chegar lá na frente e não tiver condições de aglutinar, essa é uma hipótese descartada? Não é. Ela pode dar conforto a todo mundo”, diz um cacique do DEM.

“Hoje o cenário do Democratas é prezar pelo respeito à realidade local, reconhecemos que o cenário do Nordeste é diferente do Centro-Oeste, que é diferente do Sul. Será preciso muito diálogo para construir uma posição que represente a vontade da maioria”, avalia Efraim Filho, que planeja disputar o Senado pela Paraíba no ano que vem.

Veja 

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