Demissão de comandantes em reunião tensa é mau sinal

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Foto: Dida Sampaio/Estadão

O Ministério da Defesa informou nesta terça-feira, 30, que todos os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica serão substituídos. A decisão foi comunicada, segundo a pasta, na reunião dos três oficiais com o novo ministro, Walter Braga Netto, e o antecessor, Fernando Azevedo e Silva.

A reunião dos comandantes das Forças Armadas, na manhã desta terça-feira, 30, teve momentos de tensão. O Estadão apurou que o mais exaltado no encontro foi o almirante Ilques Barbosa, da Marinha, com reações que beiraram à insubordinação, conforme relatos de presentes.

O encontro dos oficiais com Braga Netto foi marcado após o presidente Jair Bolsonaro demitir Azevedo e Silva do Ministério da Defesa, nesta segunda-feira, 29. O agora ex-ministro resistiu a um alinhamento político das Forças Armadas com o governo.

A intenção dos três comandantes com o gesto foi deixar claro que não dariam um passo que possa contrariar a Constituição ou caracterizar ingerência nos outros Poderes, o Judiciário e o Legislativo, como revelou o Estadão.

Na noite de segunda-feira, 29, Pujol reuniu o Alto Comando do Exército e os três comandantes discutiram cenários após Bolsonaro demitir Azevedo e Silva do Ministério da Defesa. Eles apoiaram a postura do então ministro, de impor limites ao envolvimento das Forças Armadas na política.

Forças Armadas

O nome mais cotado nos bastidores para o lugar de Pujol é o do comandante militar do Nordeste, general Marco Antônio Freire Gomes. Segundo militares que acompanham a negociação, no entanto, para nomear Freire Gomes, Bolsonaro teria de “aposentar” seis generais quatro estrelas mais antigos que ele. Isso porque eles passam à reserva se um oficial mais “moderno”, com menos tempo de Exército, for alçado ao comando.

Na reforma ministerial feita por Bolsonaro, a mudança que causou mais surpresa na equipe foi a de Azevedo e Silva. O general da reserva foi dispensado por não concordar com o plano de Bolsonaro de colocar os militares a serviço de uma estratégia de confronto. Azevedo e Silva ganhou apoio e solidariedade não apenas das Forças Armadas como também de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com quem tem boa interlocução.

Das seis trocas anunciadas por Bolsonaro, a substituição do general foi a mais comentada fora do Palácio do Planalto e provocou muito descontentamento na caserna. “Preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”, escreveu Azevedo ao comunicar sua saída. O ministro se opôs a substituir Pujol, que não quis se envolver em política, como desejava Bolsonaro.

Estadão 

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