Economistas tentam pôr juízo na cabeça de negacionistas

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Foto: Reprodução

O recado dos economistas, na carta ao governo, foi forte, sólido, incluiu pessoas que costumam estar em correntes econômicas e até linhas políticas diferentes, e evitou qualquer tom panfletário. Isso dá mais consistência ao documento – antecipado pelo colunista Merval Pereira – em que 500 signatários defendem uma ação urgente contra a pandemia e uma mudança radical de estratégia.

A carta tem desde banqueiros como Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, a ex-integrantes de diversos governos, que vai da Affonso Celso Pastore, que foi presidente do Banco Central do governo João Figueiredo, ao presidente do Banco Central do governo Michel Temer, Ilan Goldfajn. Tem gente de mercado financeiro, como Luis Stuhlberger, e economista que fez a formulação das ideias econômicas do candidato do PSOL à presidência.

O ponto em comum é o diagnóstico de que a estratégia do Brasil está errada desde o início, não só não existe conflito entre o combate à pandemia com lockdowns, isolamento, medidas protetivas, como isso pode ter um custo menor na própria economia, do que permanecer no caminho que o atual governo tem se mantido.

Não fala diretamente do presidente Jair Bolsonaro mas o descreve nitidamente quando diz o que caracteriza “a liderança maior do país” que tem tido “o desdenho à ciência, o apelo a tratamento sem eficácia, o estímulo à aglomeração, e o flerte com o movimento anti-vacina”.

O Globo