Em SP, pacientes começam a morrer por falta de leitos

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Foto: Michael Dantas/AFP

A cidade de São Paulo registrou a primeira morte de um paciente ocasionada por falta de leito para internação na unidade de Pronto Atendimento II do Hospital São Mateus, na zona leste da capital. O óbito foi divulgado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) na manhã desta quinta-feira (18). A CNN confirmou a informação com as autoridades municipais.

A vítima é Renan Ribeiro Cardoso, de 22 anos. Segundo o relatório médico obtido pela CNN, Renan era obeso e apresentava desconforto respiratório no momento em que deu entrada no hospital às 19h03 do dia 11 de março. O paciente foi mantido em observação até o dia seguinte, mas não houve evolução.

Com o agravamento do quadro, a equipe do Hospital São Mateus cadastrou Renan na Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (CROSS) às 16h do dia 12 de março, em busca de um leito para iniciar o processo de ventilação mecânica, mas a vaga só foi cedida pelo CROSS às 17h38, cerca de 20 minutos depois da equipe médica declarar o óbito.

A coordenação do hospital chegou a remanejar um ventilador para que o jovem fosse intubado na sala de urgência às 16h20, mas foi insuficiente para reverter o quadro; o jovem entrou em parada cardiorrespiratória logo em seguida.

Levantamento feito pela CNN junto às Secretarias Municipais de Saúde mostra que o estado de São Paulo tem atualmente 71 mortes de pacientes que aguardavam a transferência para leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria, em 17 municípios. Os números tendem a crescer, pois, muitas prefeituras ainda não responderam às solicitações feitas pela reportagem.

São Paulo entrou em colapso nesta quinta-feira ao ultrapassar 90% de ocupação em leitos de UTI. Especialistas ouvidos pela CNN explicam que níveis de ocupação acima de 90% já configuram colapso porque não há mais margem para rotatividade dos pacientes nos leitos.

A cidade de Taboão da Serra, onde a há o maior número de óbitos, registrou todos as mortes em um período de 9 dias, entre os dias 5 e 14 de março. De acordo com a prefeitura, outros 5 pacientes faleceram na fila de espera por um leito de internação, mas as autoridades decidiram não contabilizar como óbito aguardando transferência para a UTI.

“Os pacientes já chegaram em estado grave e faleceram em horas, por isso não estão contabilizados como a espera de leitos de UTI”, diz a nota divulgada pela Prefeitura de Taboão da Serra.

Confira a lista de cidade que registram mortes na fila de espera:
São Paulo – 1 morte
Bauru – 7 mortes

Dracena – 13 mortes

Presidente Prudente – 2 mortes

Ribeirão Pires – 8 mortes

Taboão da Serra – 14 mortes

Vargem Grande Paulista – 1 morte

Nova Granada – 5 mortes

Franco da Rocha – 5 mortes

Mauá – 3 mortes

Rio Grande da Serra – 2 mortes

Diadema – 2 mortes

Itapecerica da Serra – 1 morte

Caieiras – 1 morte

Itapetininga – 1 morte

Urânia – 3 mortes

São Carlos – 2 mortes

CNN Brasil

 

 

 

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