Empresário acusado de fraude alega inocência

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Foto: Reprodução

O empresário Chistian Faria foi alvo da Polícia Federal hoje, que fez operação de busca e apreensão na residência dele, recolhendo computadores, telefones e documentos. Ele é investigado por tentar vender mais de 200 milhões de vacinas para o Ministério da Saúde, utilizando-se de documentos falsos. A denúncia foi apresentada à Polícia Federal pelo então ministro Eduardo Pazuello, que nesta semana foi substituído no cargo pelo cardiologista Marcelo Queiroga. Em tempos de corrida por imunizantes, Christian anuncia vacinas contra Covid-19 nas redes sociais: “A empresa Biomedic informa a todos hospitais e prefeitos e governadores. Temos a vacina da Covid-19”. Informações, diz o anúncio, pelo WhatsApp do empresário.

VEJA entrevistou Christian Faria. Capixaba, ele nega que tenha tentado dar golpe no Ministério da Saúde. “Não existe vacina falsa. Eu comprava de uma empresa que diz representar a AstraZeneca e me deu uma documentação falsa, uma empresa da Alemanha. Apresentei a documentação em janeiro. Está tudo no meu WhatsApp, dá para a Polícia Federal ver que estou falando a verdade”, defende-se Christian. A empresa, diz ele, se chama GB, da Alemanha.

O empresário admite que apresentou a proposta de venda de vacinas para o Ministério da Saúde, mas nega tentativa de fraude. “Você acha que eu ia entrar dentro do Ministério da Saúde, onde só tem coronel e general, e ter coragem de dar um documento falso?”, questiona Christian, que tem empresa de eventos e trabalha com a montagem de palcos para shows.

“Sou uma pessoa correta, nunca daria documento falso a general e a coronel”, repete Christian. “Eu ia conseguir as vacinas para o Ministério da Saúde com outra empresa, a empresa da Alemanha já morreu. Agora seria com duas empresas. São distribuidores originais da AstraZeneca e outros da Johnson”, declara.

O empresário acha que ninguém conseguiria aplicar a fraude nos padrões denunciados pela Saúde. “O ministério não paga vacinas antecipadas, como é que a gente ia dar um golpe. Tive uma discussão sobre isso com o secretário-executivo Elcio Franco”, afirma. Com o ex-ministro Pazuello, Christian conta que só trocou mensagens pelo WhatsApp. Ele reclama que o Ministério da Saúde não poderia ter feito a denúncia contra ele à Polícia Federal. “Achei uma palhaçada me denunciarem”.

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