Ernesto Araújo queria isolar Brasil do acordo de vacinas

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Foto: EVARISTO SA/AFP

Ernesto Araújo não queria que o Brasil integrasse o consórcio global Covax Facility, que entregou um milhão de doses de vacina AstraZeneca/Oxford em 21 de março e ainda entregará outras 41 milhões.

A resistência de Araújo, ainda em 2020, era porque via na aliança um fortalecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), naquele momento atacada por Donald Trump e criticada também por bolsonaristas.

O fato de ser uma aliança global também incomodava o chanceler, publicamente contrário ao globalismo — seja lá o que o termo queira dizer.

A coisa só mudou quando entrou em campo a embaixadora Nazareth Azevêdo, então representante do Brasil para a ONU em Genebra.

Azevêdo insistiu longamente com Araújo, explicando que, se não aderisse ao Covax Facility, o Brasil perigava não ter nenhuma vacina.

Depois de muitas negativas, o chanceler se dobrou, e agora diz que sempre trabalhou pela vacina.

Liderado pela OMS, o consórcio Covax Facility é uma coalização de cerca de 150 países que estimula o desenvolvimento e a distribuição de vacinas contra a Covid-19.

Além da primeira remessa no domingo — um milhão de doses recebidas em São Paulo —, o governo brasileiro espera mais 1,9 milhão de doses até o fim deste mês.

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