Ex-futura ministra da Saúde aparece em vídeo cantando para Dilma
Foto: Reuters
Um vídeo que circula em grupos de WhatsApp mostra a cardiologista Ludhmila Hajjar, que conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de ser ministra da Saúde nesta semana, cantando e tocando violão para Dilma Rousseff. A petista ainda era presidente do Brasil.
Ao lado dela aparece o também cardiologista Roberto Kalil Filho, segurando um saxofone.
Dilma era paciente deles. E o fato foi usado por bolsonaristas para atacar a cardiologista e tentar minar a possibilidade de ela integrar o governo de Bolsonaro.
Os dois médicos, no entanto, já trataram políticos de todos os partidos e ideologias, de Paulo Maluf e José Sarney a Dilma Rousseff, passando por José Serra, Michel Temer e Lula.
Ludhmila teve como pacientes, em Brasília, dois ministros de Bolsonaro: o da Saúde, Eduardo Pazuello, e o da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que tiveram Covid-19. E também o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre, aliado de primeira hora do atual presidente da República
Kalil e Ludhmila se definem como técnicos e apartidários, e são reconhecidos como tal na comunidade médica.
O exemplo de apartidarismo pôde ser visto no próprio apoio que Ludhmila tinha para ser ministra de Bolsonaro: ela foi indicada a ele pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pelo ministro das Comunicações, Fabio Faria, e por ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
No vídeo, Ludhmila toca “Amor, I Love You”, de Marisa Monte. No fim, ela diz: “Presidenta, I Love You”.