Haitianos e africanos deixam o Brasil por racismo e pandemia

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Virgínia Berriel / CNDH

Imigrantes haitianos e de países africanos espalhados por todo o país têm chegado ao Acre para tentar cruzar por terra para o Peru e abandonar o Brasil devido à crise social e à situação da pandemia. O fechamento da fronteira com o país vizinho, entretanto, tem gerado uma situação preocupante no município de Assis Brasil, que faz fronteira com a peruana Iñapari.

Acostumada ao fluxo de entrada de imigrantes, a cidade não consegue lidar com a chegada diária de 50 pessoas de diversos estados brasileiros, pela rodoviária e pelo aeroporto de Porto Velho, que são impedidas por autoridades peruanas de seguir adiante — o Peru decretou fechamento da fronteira com o Brasil até pelo menos setembro de 2021.

Os migrantes têm interesse em entrar no Peru para de lá tentar ir para os Estados Unidos ou Canadá, o que os torna vulneráveis à ação de coiotes.

Integrantes do Conselho Nacional de Direitos Humanos estiveram na cidade nos últimos dias conversando com os migrantes e com autoridades locais e consideram a situação grave.

“Eles (os migrantes) reiteram que só querem sair do Brasil, que não conseguiram reconstruir a vida aqui, que nunca receberam apoio ou assistência e foram explorados. A maioria nunca teve uma carteira assinada nos estados onde moravam”, explicou Virgínia Berriel, conselheira do CNDH que visitou a região.

Cerca de 60 migrantes ocupam há quase um mês a Ponte da Integração Brasil-Peru, sobre o Rio Acre, e que liga Assis Brasil a Iñapari. Os acampados na ponte têm sido pressionados por caminhoneiros e há temor na região com a iminente retirada do grupo por órgãos de segurança, com base em pedido de reintegração de posse apresentado pela União ao Judiciário.

Na própria ponte, manifestantes tomam banho, abrigam-se precariamente, e cerca de vinte grávidas, junto com crianças, se voluntariam como escudo contra o uso de força policial para a remoção do grupo”, descreve Berriel.

Em toda a área fronteiriça entre Acre e Peru, existem atualmente cerca de 500 pessoas instaladas, segundo estimativa da Polícia Federal divulgada no último dia 4.

O contingente está abrigado numa escola cedida pela Prefeitura de Assis Brasil, num alojamento fornecido por missionários religiosos dedicados à causa da migração e em acampamentos improvisados.

Os conselheiros constataram falta de assistência e maus tratos, a exemplo da retenção de documentos por autoridades peruanas e brasileiras, enquanto os migrantes são obrigados a esperar por horas debaixo de sol forte ou chuva intensa.

“Eles não oferecem nenhum risco. Estão em estado de vulnerabilidade muito grande e precisam de assistência”, avaliou o conselheiro Joselito Sousa.

Época

 

 

 

O blogueiro Eduardo Guimarães foi condenado pela Justiça paulista a indenizar o governador João Doria em 20 mil reais. A causa foi um erro no título de matéria do Blog da Cidadania. O processo tramitou em duas instâncias em seis meses DURANTE A PANDEMIA, com o Judiciário parado. Clique na imagem abaixo para ler a notícia

Quem quiser apoiar Eduardo e o Blog da Cidadania pode depositar na conta abaixo.

CARLOS EDUARDO CAIRO GUIMARÃES
BANCO 290 – PAG SEGURO INTERNET SA
AGÊNCIA 0001
CONTA 07626851-5
CPF 100.123.838-99

Eduardo foi condenado por sua ideologia. A ideia é intimidar pessoas de esquerda. Inclusive você. Colabore fazendo um ato político, ajudando Eduardo com qualquer quantia.