Lira condicionou Bia Kicis na CCJ a “moderação”

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Foto: Sergio Lima / Agência O Globo

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), articulou nas últimas semanas para manter o acordo da indicação da bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Parte importante desse movimento foi uma conversa dura que teve com a deputada, em que ela se comprometeu a agir de forma ponderada.

Lira disse a Kicis que, se ela não fizer um trabalho minimamente equilibrado, ele irá esvaziar as funções da CCJ. A comissão é responsável por analisar a legalidade e constitucionalidade dos projetos de lei. O presidente da Câmara afirmou que avocaria todas essas discussões para o plenário se não houver uma boa coordenação dos trabalhos na comissão.

Nessa conversa, Bia Kicis se comprometeu a não usar a CCJ como um palanque para pautas bolsonaristas e a ouvir deputados de todos os partidos, inclusive da oposição. Lira relatou a conversa que teve aos líderes, atuando para diminuir a resistência ao nome de Kicis.

Bia Kicis é investigada em inquérito que tramita no STF sobre atos antidemocráticos. O relator, ministro Alexandre de Moraes, já determinou o depoimento da parlamentar, que foi interrogada no ano passado pela Polícia Federal. Ela também é investigada em outro inquérito conduzido por Moraes, que investiga a disseminação de ataques e notícias falsas sobre ministros do Supremo.

Em conversas com deputados desde que seu nome foi anunciado, a deputada disse que há uma diferença entre o perfil que adota como ativista nas redes sociais e o que terá à frente de uma comissão. Argumentou que, no seu passado como procuradora do Distrito Federal, tinha um perfil mais comedido. Citou a nota de apoio à sua indicação assinada por 60 procuradores do Distrito Federal como argumento. Disse que terá uma atitude coerente com o cargo que deve ocupar.

A instalação das comissões está prevista para ocorrer ainda nesta quinta-feira, mas pode ser adiada. Houve a interrupção dos trabalhos presenciais da Câmara dos Deputados e líderes devem concentrar esforços para aprovar a PEC Emergencial nos próximos dias.

Outro fator que contribuiu para diminuir a resistência em torno do nome de Bia Kicis foi sua atitude após a prisão do bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), investigado, como ela, por disseminação de notícias falsas. Kicis não se pronunciou em solidariedade ao aliado, o que foi visto como sinalização de que ela pode ter comedimento à frente da comissão.

Líderes apontam também que a Câmara já fez um gesto ao Supremo Tribunal Federal ao votar para manter a prisão de Daniel Silveira. Por isso, diminuiu a pressão para barrar o nome de Kicis em prol de manter uma boa relação com os ministros do Supremo.

O Globo 

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