Mandetta tenta afastar DEM de Bolsonaro

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Foto: Jorge William / Agência O Globo

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta iniciou um movimento para tentar afastar o seu partido, o Democratas, do presidente Jair Bolsonaro. Paralelamente, ele pretende testar o seu nome como possível candidato ao Palácio do Planalto em 2022.

O primeiro passo foi dado na terça-feira, com a realização de uma live com o presidente nacional do DEM, ACM Neto. Na conversa, os dois adotaram um tom duro de críticas à postura do governo Bolsonaro na condução da pandemia do coronavírus.

ACM Neto, que no começo de fevereiro havia afirmado que não podia descartar que o DEM fosse com Bolsonaro em 2022, disse que o Brasil poderia estar hoje em outra situação se o governo tivesse deixado o “negacionismo de lado” e “assumido uma postura de respeito à ciência”. Mandetta, por sua vez, destacou que para cuidar da pandemia é preciso “ter coração e se importar com a vida das pessoas humildes”. Também criticou a indicação de uso de cloroquina e a omissão na compra de vacinas.

— Para discutir se menino veste azul e menina veste rosa, não precisa de líder. Precisa de líder quando tem um problema grande — disse o ex-ministro.

A movimentação de Mandetta inclui também conversas com outros nomes citados como possíveis candidatos em 2022. O ex-ministro da Saúde procurou recentemente o apresentador Luciano Huck para dizer que as portas do DEM não estão fechadas para ele. No último fim de semana, ele falou com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Mandetta quer manter o diálogo para eventualmente agregar o ex-juiz a um projeto político conjunto na próxima eleição presidencial.

No plano acertado com o comando do DEM, ficou definido que Mandetta terá apoio logístico da legenda para viajar o país quando a pandemia arrefecer. Por enquanto, diante do quadro grave da doença, serão realizados eventos temáticos on-line. Mandetta não pretende se apresentar como pré-candidato neste primeiro momento

A interlocutores, o ex-ministro tem afirmado que o partido precisa encontrar o seu caminho para tomar uma decisão sobre o seu posicionamento na eleição presidencial de 2022. Mandetta avalia que o partido deve buscar uma plataforma com bandeiras liberais e de defesa da eficiência do Estado. Ao mesmo tempo, precisa se afastar das pautas de costumes defendidas pelo bolsonarismo. Nas conversas internas, o ex-ministro tem dito que se optasse pela saída do DEM, o partido cairia nos braços de Bolsonaro.

Entre líderes da sigla, o plano é dar visibilidade a Mandetta, já que ele é considerado um ativo e um quadro influente para uma eventual candidatura ao Planalto em 2022. Embora ele não aparece nas pesquisas como um dos favoritos, o ex-ministro figura bem nas pesquisas qualitativas e com uma imagem de credibilidade, principalmente no tema da pandemia, que tende a pautar o debate da próxima eleição.

O presidente do DEM, ACM Neto, faz elogios a Mandetta, mas nega que a candidatura dele esteja em pauta no momento.

— Mandetta é, sem dúvida, um quadro importante do DEM. Vai ter influência na construção do projeto futuro do partido. Nesse momento, não estamos tratando de eleição. Mas quando o assunto entrar em pauta, Mandetta vai ter um peso importante — afirmou Neto. — Ele se tornou uma referência pelo trabalho que fez (no Ministério da Saúde). O que ele pretende é dar uma contribuição de alguém que conhece o problema da pandemia e quer ajudar. Mas ele não vai explorar politicamente isso. Não passa na cabeça de ninguém tirar proveito político de pandemia.

Mandetta e ACM Neto fizeram as pazes em um encontro na semana passada, em Brasília, na casa do ex-deputado Pauderney Avelino. O ex-ministro havia rebatido a fala do presidente do DEM de que o partido poderia estar com Bolsonaro em 2022 e chegou a ameaçar trocar de legenda. Na ocasião, disse que a “base do partido virou uma geleia e daqui a pouco até Lula vai aparecer como cotado para receber o apoio” da sigla.

O ex-ministro da Saúde tem tentado ainda evitar que ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia concretize o seu plano de deixar a legenda. Maia se sentiu traído pela postura de ACM Neto de liberar a bancada na eleição para a sua sucessão, o que facilitou o caminho para a vitória de Artur Lira (PP-AL).

O Globo

 

 

 

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