Ministro da Cidadania reconhece que auxílio emergencial é “insuficiente”

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Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados

O ministro da Cidadania, João Roma, admitiu nesta quarta-feira que o valor da nova rodada do auxílio emergencial está “muito distante do ideal” e atribuiu o montante reduzido a limitações orçamentárias. O auxiliar do presidente Jair Bolsonaro responsável por programas de assistência social não descartou a volta da proposta de emenda constitucional (PEC) do Orçamento de Guerra.

“O valor do novo auxílio emergencial está muito distante do que seria o ideal para aqueles que estão vivendo dificuldades, dificuldades de ir e vir, dificuldades para sair e ganhar o sustento da sua família, passando por privações. Então, é um momento de muita cooperação e serenidade”, disse Roma durante participação em reunião da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara.

De acordo com Medida Provisória (MP) enviada pelo governo ao Congresso Nacional, o valor médio do auxílio emergencial será de R$ 250, podendo variar de R$ 150 a R$ 375. O benefício será pago por quatro meses, entre abril e julho.

Ao ser indagado sobre eventual aumento do valor do auxílio emergencial, o ministro citou que a proposta de emenda constitucional (PEC) Emergencial, aprovada por deputados e senadores, estabeleceu o limite de R$ 44 bilhões, fora do teto de gastos.

“O Congresso estabeleceu com diligência e responsabilidade o teto extra de R$ 44 bilhões. É em cima desse valor que estamos desenvolvendo a nova etapa do auxílio emergencial”, disse Roma, acrescentando que pretende implementar os aperfeiçoamentos do Bolsa Família em agosto.

Durante a reunião, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) defendeu que o Congresso retome a análise da PEC do Orçamento de Guerra. “Temos efeitos danosos para a população como um todo. Por isso, precisamos discutir e avaliar a PEC da Guerra para socorrermos da mesma forma que fizemos no ano passado. Momentos excepcionais exigem ações excepcionais.”

Pouco após a fala da parlamentar catarinense, Roma reconheceu que “a PEC da Guerra pode ser novamente abordada” e ponderou que é preciso saber como se desdobrarão os próximos passos do combate à pandemia.

O ministro observou ainda que o tom da conversa entre o presidente Jair Bolsonaro, ministros, representantes de outros Poderes e governadores foi de “cooperação”. Pela manhã, o chefe do Poder Executivo oficializou a criação de comitê para buscar soluções para superar a pandemia.

“O tom da conversa foi de cooperação. Eu sei que, independente de qualquer viés político partidário, momento é de cooperação para que o poder público possa dar resposta ao povo brasileiro”, disse.

Valor Econômico