MPF investigará plano de saúde por distribuir “kit cloroquina”

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Foto: Reprodução/Senadoleg

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) investiga a operadora de saúde Prevent Senior pela distribuição de receitas de “Kit Covid”. A empresa tem oferecido, sem analisar o histórico médico dos clientes, o acesso a remédios comprovadamente ineficazes contra a covid-19, como hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina (antibiótico), prednisona (corticóide), vitaminas e suplementos alimentares, como whey protein.

O promotor responsável pelo caso, Artur Pinto Filho, pediu que médicos e enfermeiros que prescreveram o kit também sejam investigados.

A primeira ação do promotor foi pedir que os conselhos regionais de medicina e enfermagem do estado analisem a conduta ética dos profissionais de saúde da Prevent Senior envolvidos na entrega dos medicamentos, que nada servem para a prevenção da Covid-19. Além disso, a vigilância sanitária vai inspecionar unidade da empresa para entender a distribuição das receitas e dos remédios.

Conforme apontado pelo G1, o promotor identificou que as receitas para o kit eram padronizadas e assinadas apenas por um médico, Rafael Souza da Silva, diretor-executivo da Prevent Senior. A prescrição era feita pelo médico, apesar de não ser ele quem atendia os pacientes.

A oferta era feita antes mesmo da testagem para Covid-19. Em março de 2020, a operadora de saúde, que é uma das maiores do Brasil, anunciou o uso experimental de cloroquina e azitromicina em pessoas diagnosticadas com Covid-19.

A Prevent Senior afirmou que “tem monitorado os resultados e evidências clínicas de mais de 130 mil beneficiários testados para Covid-19 nos últimos 12 meses” e que “os resultados trazem evidências robustas que o conjunto de tratamentos com diversas medicações evita o agravamento da Covid-19”.

Metrópoles