Pedro Cardoso vai trabalhar pela eleição de Lula em 2022

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Foto: Reinaldo Marques/Rede Globo

Vejam: Eu não tenho adoração alguma por Lula mas também não lhe tenho repulsa ou ódio. Após o meu desencanto com o projeto petista, tornei-me crítico ao PODER; ao modo como nas democracias liberais o PODER é tirado do povo pelo voto e mantido cativo pelo representante. O sistema jurídico das democracias pode pouco para evitar que o político se aposse do PODER que ele deveria apenas exercer a serviço do povo. Depois de eleito, o político faz o que quer e bem entende; alheio a confiança de quem o elegeu. Por isso não será a Lula, ou a qualquer outro político, que eu haverei de confiar a tarefa de manter o PODER com o povo. Lula, como todo político, quer o PODER para si. Ninguém trabalha contra os seus próprios interesses; apenas os santos, se é que algum dia alguém foi santo. A mudança na compreensão dos modos de se administrar o PODER, que eu sonho, só é possível ser realizada pacificamente através da democracia liberal como ela é hoje. Por isso teremos que escolher aqueles que nos possibilitem fazer mudanças ainda em paz, através do debate nos parlamentos. O projeto fascista, de fundamentalismo religioso, é um ataque à paz, à liberdade e à vida. Enquanto ele se mantiver no controle do Estado, através da gerência do executivo e de um parlamento fraco em sua honestidade, nenhuma mudança poderá ser feita em paz. Então, arrancar pelo voto o fascismo bolsanariano do executivo e melhorar o parlamento é o único caminho pacífico para o futuro. E quais pessoas serão capazes de comover a população? Quem a população entende por líder? Lula, me parece ser a resposta. Então, eu trabalharei pela eleição dele e de parlamentares mais honestos. Não vejo Lula como salvador de nada; mas se outros veem, a despeito do erro que penso ser desejarem um líder, pouco me importa nessa hora. É preciso que o fascismo perca o PODER para que eu possa, então, democraticamente, fazer oposição a todo o PODER; o de Lula inclusive. Votarei em Lula para fazer-lhe oposição; não pessoal mas genérica. Eu me oponho a tudo menos ao que me admita como oposição. E Lula sei que me admitirá. O fascismo bolsonariano, nunca.

 

Redação