Ricardo “boiada” Salles é o próximo

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Foto: Reprodução

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, será o próximo a sofrer pressões por demissão por parte de parlamentares. O motivo é parecido com o que levou à queda do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo. A política ambiental de Salles resultou na disparada do desmatamento da Amazônia em 2020 e recorde de queimadas no Pantanal, com aumento de 158% em relação ao ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

No caso de Ernesto, a incapacidade do Itamaraty em conseguir articular vacinas com parceiros comerciais, quando o número de mortos pelo coronavírus aumentou rapidamente, pesou contra sua permanência. Sob esse aspecto, a posição do ministro do Meio Ambiente é mais confortável. Salles tem apoio de parte dos parlamentares, o que pode ajudá-lo a se manter, diferentemente do ex-colega de Esplanada. Outro fator que pesa a seu favor é o rearranjo ministerial de Bolsonaro. Segundo alguns parlamentares, foram muitas trocas de ministros para que mais um entre na berlinda.

O vice-líder do Cidadania, Daniel Coelho (PE), compara as gestões de Ernesto e Salles. Enquanto o primeiro arrumou contendas com os principais parceiros comerciais do Brasil, China e Estados Unidos, o outro disparou contra a pauta ambiental em vez de trabalhar para organizá-la e colocá-la em prática. “A cada entrevista, o ministro do Meio Ambiente faz agressão a uma ONG a pauta ambiental, em vez de criar uma pauta.

“O Itamaraty tem uma dependência grande do Senado. É inviável ter um chanceler que não lide bem com o Senado. Com outros ministérios, não é a mesma coisa. Mas a pressão em cima de Salles é grande e une a defesa do meio ambiente e o agronegócio, ambos insatisfeitos. O grande empresário da agropecuária quer respeito à legislação para vender. O empreendedor do agro acaba sendo confundido com o bandido que desmata. Salles atua confundindo tudo, como se o interesse do agro fosse contra o meio ambiente, e não é verdade”, afirmou Daniel Coelho.

Membro da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Carlos Bezerra (MDB-MT) avisou que empresários do agro poderiam ter grandes prejuízos com Ernesto Araújo à frente do Itamaraty, e que o risco se repete com Salles. “Se a China fosse mesquinha, tinha quebrado o agronegócio. Somos altamente dependentes da China. Meu estado, se acontecer alguma coisa, estaria totalmente quebrado. Tanto Ernesto quanto Salles já deviam ter saído há muito tempo. Prejudicam o país, a imagem do país no exterior”, criticou.

Também da comissão, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS) defendeu Salles. Para ele, o ministro marca posição contra ambientalistas da oposição, mas é tecnicamente eficiente. O parlamentar argumentou, ainda, que, por isso, o ministro seria diferente de Ernesto. “Ele pode ter uma narrativa que fere os interesses (da oposição), mas a questão ambiental tem um conteúdo ideológico mais denso. Ele tem qualidade técnica. Pode ter cometido excessos ao se expressar, mas não é um dano para o governo. Tecnicamente, ele é muito bom”, ponderou.

Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que Salles se recolheu estrategicamente e que a demissão de Ernesto e a saída do general Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde aplacaram a insatisfação do parlamento. “Trocar três ministros? Jair Bolsonaro pode até ceder. Ele estava convencido que os desgastes com Ernesto e Pazuello eram grandes. Mas o Salles é pedir demais para Bolsonaro”, avaliou. Para o parlamentar, um bom chanceler apaziguará o discurso de Salles e o tornará palatável para outros países.

Correio Braziliense

 

 

 

 

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