Todos os Estados brasileiros têm mais de mil mortos por covid

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A 10 dias de completar um ano da primeira morte por Covid-19 no Brasil, o país atinge novo feito: com os óbitos registrados nos dias 1º e 2 de março, todas as 27 unidades da Federação somam mais de mil vítimas fatais da doença. Na última semana, apenas o Acre, o terceiro estado menos populoso, estava abaixo da margem. Agora, não mais. Por lá, já são 1.020 brasileiros que perderam a vida para o SARS-CoV-2.

Em números absolutos, São Paulo continua no topo, com 60.014 mortes, seguido do Rio de Janeiro (33.176) e de Minas Gerais (18.645). Em relação ao tamanho da população, no entanto, Amazonas, Rio de Janeiro e Roraima apresentam índices mais alarmantes. Nesses entes federativos, a taxa de mortalidade está acima de 183 a cada 100 mil habitantes – e, no maior estado do Norte, já chegou a 265,7.

Os dados divulgados fazem parte do levantamento do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, que acompanha diariamente o avanço do novo coronavírus no Brasil.

Em relação às infecções, a realidade não é muito diferente. Não há, no Brasil, estado com menos de 57 mil casos registrados. E a tendência, segundo estudo do Imperial College London, é piorar. No último boletim, publicado em 26 de fevereiro, a taxa de transmissão no Brasil chegou a 1.09 – esse panorama indica que, para cada 100 pessoas doentes, 109 poderão ser contaminadas.

O índice Rt, desenvolvido pela instituição britânica, é traçado a partir de um modelo matemático que usa o número de mortes confirmadas pela Covid-19 em uma semana para prever quantas pessoas correm o risco de serem infectadas nos sete dias seguintes.

Nota técnica publicada na segunda-feira (1º/3) por pesquisadores de universidades públicas e institutos federais brasileiros, a partir de estudo científico, acende mais um alerta: o número real de óbitos por Covid-19 é superior ao anunciado oficialmente. Segundo os especialistas, já ocorreram 365.217 mortes em decorrência da doença no país.

“Isso é também observado em diferentes proporções em outros países, e varia de estado para estado, a depender da qualidade do sistema de vigilância. Diferentes fatores podem explicar isso: demora na testagem após o óbito, resultando em falso-negativo, ou a não realização do teste, e a morte sendo registrada como SRAG, por causa desconhecida. Salientamos que há também uma demora para consolidação e transmissão dos dados pelas secretarias estaduais de Saúde, entre um a dois meses, o que significa que o número real de mortes decorrentes da doença é certamente ainda maior do que a estimativa”, diz o texto.

Em entrevista ao Metrópoles, Tarcísio Marciano da Rocha Filho, professor do Instituto de Física da Universidade de Brasília (UnB) e um dos membros do grupo de pesquisa, havia previsto, no fim de 2020, a atual situação do país. “Vamos começar este ano com números preocupantes, e a tendência é crescer ainda mais. A previsão é um novo pico para março e abril, que vai ser ainda mais complicado do que já vivemos. Isso vai estourar, e a segunda onda é pior do que a primeira. Por que eu digo isso? Porque foi assim em todo o mundo”, afirmou.

Três meses depois, o pesquisador vivencia a previsão. “Podemos dizer que, agora, estamos começando a pior fase. Em Manaus, as taxas começaram a cair há pouco, porque as pessoas se assustaram tanto que acabaram ficando em casa. A própria sociedade, com medo, reagiu. O Brasil, como um todo, ainda precisa entender que, na falta de vacina, a única ferramenta que existe é o lockdown. Não tem tratamento precoce que funcione. A evidência científica é clara”, enfatizou.

Metrópoles  

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