Além do comércio, aglomerações agora param a indústria

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Foto: Germano Lüders/VEJA

A reação econômica de 2020 tem muito a ver com o comportamento da indústria, que conseguiu aproveitar um momento anterior de baixa produtividade e subir. Porém, esse tendência volta a se inverter. A produção industrial nacional recuou 0,7% em fevereiro em relação ao mês anterior, interrompendo uma sequência de nove altas consecutivas. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta quinta-feira, 1º, pelo IBGE. O setor automotivo foi quem apresentou a maior queda.

Segundo o instituto, o setor se encontra agora 13,6% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2011 e 2,8% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). No ano, a indústria acumula alta de 1,3% e, em 12 meses, queda de 4,2%. “Nos últimos meses nós já vínhamos observando uma mudança de comportamento nos índices da indústria, que, embora ainda estivessem positivos, já apresentavam uma curva decrescente, demonstrando um arrefecimento”, comenta o gerente da pesquisa, André Macedo.

No caso dos automóveis, a queda foi de 7,2%. Em fevereiro, o principal problema foi a crise de componentes, que diminuiu a produção em todo mundo. Porém, com o aumento dos casos do novo coronavírus, a produtividade do setor deve cair ainda mais. Até o momento, oito fábricas anunciaram paralisação da produção entre o fim de março e o início de abril.

Antes da queda em fevereiro o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias havia acumulado 1.249,2% de expansão em nove meses seguidos de crescimento. “O ramo de veículos vem sendo muito afetado pelo desabastecimento de insumos e matérias primas. Mesmo assim, a produção de caminhões vem tendo resultados positivos. Porém, a de automóveis e autopeças vem puxando o índice geral para o campo negativo”, avalia André Macedo.

Segundo o pesquisador, além do desabastecimento de matérias-primas, o grande número de desempregados, o aumento de preços, dificuldades no mercado internacional e a interrupção da concessão do auxílio emergencial no final do ano são alguns dos fatores que vêm influenciando a cadeia produtiva.

Entre as grandes categorias econômicas, os bens de consumo duráveis (-4,6%) tiveram a maior queda em fevereiro, sendo o segundo mês seguido de redução na produção e acumulando nesse período -5,5%. Mas os segmentos de bens de capital (-1,5%), que havia acumulado expansão de 147,1% em nove meses de crescimento, e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,3%), que teve avanço de 1,7% no mês anterior, também registraram taxas negativas nesse mês. A única taxa positiva foi a dos bens intermediários (0,6%).

Já em relação a igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 0,4% em fevereiro de 2021, porém o crescimento foi menos intenso do que o registrado nos demais cinco meses seguidos de taxas positivas. Vale ressaltar que fevereiro de 2021 teve o mesmo número de dias úteis (18) do que igual mês do ano anterior.

Nessa comparação, os resultados foram positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, e em 17 dos 26 ramos de atividades. As principais influências no total da indústria foram registradas por máquinas e equipamentos (18,5%), produtos de metal (10,6%), produtos de minerais não-metálicos (9,7%) e outros produtos químicos (8,1%).

Entre as grandes categorias, a de bens de capital (16,1%) assinalou, em fevereiro de 2021, o avanço mais acentuado em relação a fevereiro de 2020. O segmento de bens intermediários (0,5%) também mostrou crescimento acima da média da indústria (0,4%). Por outro lado, os setores produtores de bens de consumo duráveis (-8,4%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,6%) registraram taxas negativas.

A Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil produz indicadores de curto prazo desde a década de 1970 relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação.

Veja 

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