Bolsonaro insiste em blindar Pazuello

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Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

Transferido na estrutura do Exército de Manaus para Brasília, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello deverá mesmo ser nomeado em breve para um cargo no Palácio do Planalto. A tendência é que ele receba um posto na Secretaria-Geral da Presidência, chefiada pelo ministro Onyx Lorenzoni. O mais provável é que ele comande a Secretaria Especial de Modernização de Estado, como o GLOBO mostrou na semana passada.

A nomeação de Pazuello enfrenta resistência de parte dos auxiliares do presidente Jair Bolsonaro. Inicialmente, foi cogitado dar ao ex-ministro um cargo de assessor do presidente. Mas Bolsonaro foi desaconselhado a fazer isso, porque estaria colocando um dos principais alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid dentro do próprio gabinete.

Bolsonaro, no entanto, tem dito que gosta de Pazuello e que não gostaria de deixá-lo sem função, por considerar que ele cumpriu uma “missão” no Ministério da Saúde. Além disso, o presidente considera essencial que Pazuello fique por perto durante o desenrolar da CPI, na qual ele será chamado para prestar esclarecimentos.

A solução, então, foi costurada com Onyx Lorenzoni, que deve abrir espaço para abrigá-lo em sua pasta. Pazuello despachará do Planalto, onde vem circulando diariamente mesmo sem novo cargo.

Nesta sexta-feira, o presidente foi a Manaus junto com o ex-ministro e fez questão de elogiá-lo durante seu discurso na inauguração de um centro de convenções.

O Diário Oficial da União trouxe a transferência de Pazuello dentro da estrutura do Exército. Ele foi transferido da 12ª Região Militar, sediada em Manaus, para a Secretaria-Geral do Exército, em Brasília. De acordo com integrantes do governo, a troca foi apenas uma questão burocrática. Também foi publicada nesta sexta a nomeação do seu ex-secretário-executivo no Ministério da Saúde, Elcio Franco, para o cargo de assessor especial da Casa Civil. Franco já estava frequentando o Planalto nos últimos dias, assim como Pazuello.

No Exército, a Secretaria-Geral cuida da parte orçamentária. Pazuello, que ainda está na ativa, é um general de intendência, especializado justamente na parte de administração e logística.

Nesta sexta-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que a situação de Pazuello na Secretaria-Geral, de “adido”, significa que ele ficará à disposição para receber missões eventuais. Mourão disse que em julho serão feitas promoções no Exército e que o ex-ministro poderia ganhar um novo cargo — entretanto, a expectativa é que ela seja nomeado no Planalto antes disso.

— O camarada, quando não tem função específica, fica adido. A Secretaria-Geral é um órgão subordinado diretamente ao comandante, então, ele fica adido à Secretaria para receber missões eventuais do comandante. Agora no mês de julho tem promoções no Exército e movimentação de general. Aí, provavelmente, o Pazuello será movimentado para algum lugar.

Em entrevista à revista “Veja”, publicada na quinta-feira, o ex-secretário de comunicação da Presidência Fabio Wajngarten afirmou que o Brasil não comprou antes vacinas da Pfizer por “incompetência” e “ineficiência”. Wajngarten fez críticas à condução do tema pelo Ministério da Saúde, mas evitou citar diretamente Pazuello, além de ter procurado poupar o presidente Bolsonaro das críticas.

O Globo 

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