Centro-direita e esquerdas se reunirão no 1o de maio

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Foto: José Cruz/ABr

Tradicional palco para discursos de políticos de esquerda, os atos do Dia Internacional do Trabalhador deste ano – feitos em formado de “live” – vão contar com a participação de representantes da centro-direita nacional. Entre os confirmados no evento unificado das nove centrais sindicais estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A amplitude da lista de convidados causou discussão entre os presidentes de centrais ao longo da organização do ato e resultou em dissidência entre alguns sindicalistas. “Não podemos aceitar a presença de inimigos de classe, golpistas, representantes dos capitalistas exploradores, dos políticos que votam medidas de ataques aos nossos direitos, empregos e salários, no palanque da maior data de luta da classe trabalhadora mundial”, diz trecho de manifesto assinado por 12 integrantes da executiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e lançado na quarta-feira.

Apesar da desavença, os dirigentes das centrais sustentam o ato unificado e a presença de políticos de diferentes espectros. O objetivo é reforçar a mensagem de que há um consenso: a crítica ao governo do presidente da República, Jair Bolsonaro. Promovem o Primeiro de Maio unificado CUT, Força, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, Intersindical e Pública. O ato reivindica soluções para assegurar a democracia, o emprego aos trabalhadores e a vacinação dos brasileiros.

O desemprego afeta hoje o recorde de 14,3 milhões de pessoas no país. Uma das pautas que os sindicalistas vão defender será a criação de um auxílio federal emergencial no valor mensal de R$ 600. A pandemia matou 383,7 mil brasileiros desde março de 2020. Até o momento o país tem só 6,8% da população imunizada com as duas doses da vacina contra a covid.

“A pluralidade que vamos reunir no ato é o caminho para vencermos o atraso e a tragédia do desgoverno Bolsonaro”, afirma o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto. Miguel Torres, presidente da Força Sindical, destaca o momento “grave sanitário, resultado de descaso do governo federal”.

Fernando Henrique foi o nome de centro mais bem recebido nos bastidores da organização do evento, mesmo por representantes da CUT. A visão desses sindicalistas é que o tucano tem legitimidade para participar, por ter sido presidente da República. FHC foi o primeiro a enviar às centrais, ainda no começo da semana, a gravação em vídeo com a sua participação.

Por causa da pandemia, o ato unificado será todo remoto e com transmissão pela internet, e os políticos participantes entrarão no ar em mensagens gravadas. Os presidentes das centrais falarão ao vivo, de um estúdio em São Paulo.

Fernando Henrique vem se aproximando dos representantes dos trabalhadores há dois anos, após ter sido procurado pelo presidente da Força, Miguel Torres, para colaborar com ideias para reagir às pressões do governo Bolsonaro sobre trabalhadores. Na ocasião, FHC recebeu um grupo de sindicalistas na Fundação que leva seu nome, no centro da capital paulista. Desde então, o diálogo se mantém.

Líderes da esquerda também vão marcar presença. Nesse grupo estão os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) Guilherme Boulos (Psol) e a ex-deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB). Os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) completam o time.

O paulista João Doria foi convidado ao lado dos governadores do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e do Piauí, Wellington Dias (PT). Dias foi chamado em nome do Fórum dos Governadores e o prefeito de Aracaju (SE), Edvaldo Nogueira (PDT), pela Frente Nacional de Prefeitos. Doria e Dino ganharam destaque nacional por se oporem à forma como Bolsonaro conduz o combate à pandemia e, por isso, se tornaram alvos de ataques do presidente.

Valor Econômico

 

 

 

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