Criticado pelo filho de Bolsonaro, presidente do Senado “afina”
Foto: Leopoldo Silva / Leopoldo Silva/Agência Senado
Após ser chamado de ‘ingrato’ pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) por conta da CPI da Covid, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ligou para o primogênito de Jair Bolsonaro e o convidou para participar de uma agenda privada no Rio de Janeiro nesta sexta-feira. O telefonema foi feito na quinta-feira e teve como objetivo buscar uma reaproximação com Flávio e com o núcleo presidencial.
Na ligação, não houve pedido de desculpas entre eles. Mas o gesto do presidente do Senado de convidar o ’01’ para uma agenda no Rio, reduto eleitoral de Flávio, foi apreciado pelo primogênito de Bolsonaro. Em tom amistoso, o senador recusou o convite por já ter compromissos agendados em São Paulo nesta sexta-feira, mas combinou de, na semana que vem, conversarem pessoalmente.
Na terça-feira, Flávio reclamou publicamente de Pacheco pela suposta falta de critério ao acatar decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, para instalar a CPI da Covid e, dias depois, ignorar decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal que buscava impedir Renan Calheiros (MDB-AL), crítico do Planalto, de assumir a relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito. Pacheco se elegeu presidente do Senado com o apoio do governo e de parte dos senadores de oposição e, desde então, vem equilibrando pratos para manter portas abertas com os dois campos.
— Entendo que houve ingratidão do presidente do Senado — disse Flávio, na terça-feira, na primeira crítica pública feita pelo núcleo de Bolsonaro ao chefe do Congresso. Nas redes sociais, deputados bolsonaristas chegaram a comparar Pacheco ao ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), com quem Bolsonaro travou sucessivos embates. O telefonema nesta quinta-feira foi o primeiro contato entre Pacheco e Flávio após o atrito.
A reaproximação de Pacheco com Flávio é estratégica para ambos. Mesmo após a instalação da CPI da Covid, Bolsonaro ainda precisa de Pacheco para aprovar projetos no Senado e impedir o crescimento de agendas da oposição. Pacheco, por sua vez, vê como um ativo político e eleitoral o fato de transitar com facilidade entre governo e oposição. E não quer perder essa pecha de conciliador entrando em rota de colisão com o Planalto.
Na quarta-feira, um dia após ser criticado pelo núcleo do presidente, Pacheco conversou com Bolsonaro durante reunião do comitê de enfrentamento à Covid-19 e fez questão de divulgar o encontro em suas redes sociais. Nele, Pacheco argumentou que não teria agido com falta de critério porque as duas decisões judiciais abordariam questões diferentes. A mesma explicação já havia sido dada a Flávio em troca de mensagens por WhatsApp na manhã de terça, mas não impediu a crítica horas depois.
“Conversei com o presidente Bolsonaro sobre a importância da manutenção de um ambiente de colaboração entre os Poderes e união de propósitos para a superação da crise de saúde”, escreveu Pacheco em suas redes.
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