Exército não quer saber das “cloroquinas” de Bolsonaro

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Foto: Edson Pujol Matheus Piccini/CMPA/Divulgação

No dia 24 de março, a Diretoria de Saúde do Exército distribuiu nota técnica na força com “considerações sobre tratamentos alternativos da Covid-19 no âmbito do Exército Brasileiro”. O documento, com três páginas, foi uma espécie de último ato da gestão do então comandante da caserna, general Edson Pujol.

“O Brasil vive, atualmente, uma fase de aceleração do número de casos e mortes. Segundo dados estatísticos analisados, as mortes brasileiras, desde o início da pandemia somam cerca de 11% dos casos fatais de todo o mundo por Covid-19”, registra o Exército. “Aspectos ligados a redução do isolamento social, ausência do uso de máscaras e utilização de ações contrárias as preconizadas pelos órgãos sanitários contribuem para a situação atual”, segue o parecer. Além de claramente apontar comportamentos conhecidos do presidente Jair Bolsonaro na pandemia – sem citar o presidente, claro – como responsáveis pelo agravamento da crise, o material atestou a inutilidade científica dos remédios patrocinados pelo Planalto com dinheiro público.

Citou inclusive a cloroquina, que o próprio presidente obrigou o Exército a produzir como se não houvesse amanhã, chegando ao absurdo estoque de 18 anos de comprimidos da droga fabricados e milhões em recursos públicos gastos.

“As medicações como Hidroxicloroquina, Cloroquina, Ivermectina, Nitazoxanida, Azitromicina e Colchicina, entre outras drogas, não possuem, até o momento, eficácia científica comprovada no tratamento e/ou prevenção da Covid-19, em quaisquer de suas fases de evolução”, diz o Exército para, na sequência, recomendar a seus profissionais de saúde favoráveis a tais drogas assumirem os riscos pela prescrição:

“O emprego de tais fármacos poderá, excepcionalmente, ser utilizado em contextos de pesquisa e/ou na forma de prescrição off-label (fora das indicações da bula farmacológica). A Diretoria de Saúde do Exército orienta, com base no previsto no Código de Ética Médica, que os profissionais médicos, juntos com seus pacientes devidamente informados, poderão definir a melhor linha de tratamento a ser adotada. Aqueles que assim o desejarem, desde que resguardados os preceitos constantes da legislação citada no parágrafo anterior, poderão preencher o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), sempre assumindo os riscos envolvidos na prescrição destes fármacos pelo prescritor”.

Além de abandonar o charlatanismo médico do governo, o Exército finaliza o texto apostando na vacina: “A vacinação em massa é uma estratégia, de caráter fundamental, para controlar a velocidade de propagação do vírus”.

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