Secretaria de Saúde do AM defende Pazuello

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Foto: Carolina Antunes/PR (6.ago.2020)

Em depoimento prestado à Polícia Federal no dia 10 de fevereiro, o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, isentou o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello de qualquer responsabilidade pela crise de oxigênio no estado no início deste ano.

No documento de 10 páginas que integra o inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar o episódio, Campelo jogou toda a culpa na empresa White Martins, principal fornecedora de oxigênio no estado.

O tratamento dado a White Martins no depoimento é completamente distinto do dado a Pazuello. Segundo o secretário, representantes da empresa chegaram a solicitar “que o depoente não abrisse mais leitos sem que houvesse um retorno da empresa” após ele informar que abriria mais 150 leitos de UTIs e 50 leitos clínicos.

No dia 7 de janeiro, Campelo diz que recebeu representantes da empresa, “os quais relataram o aumento atípico do consumo de oxigênio e disseram que estavam trabalhando para suprir a demanda de oxigênio”.

Mais tarde, disseram que “devido ao aumento do consumo de oxigênio dos últimos dias, o planejamento inicialmente estabelecido não seria capaz de suprir a tempo a demanda existente até a chegada da balsa no dia 9 às 18h”.

“Que não obstante a informação inicialmente passada pela White Martins quanto a existência de 1.500 cilindros disponíveis quando a operacionalização do transporte no dia 8, a empresa informou que somente teriam disponíveis para o transporte imediato cerca de 300 cilindros de oxigênio.”

Campelo diz que decidiu acionar Pazuello no dia 7 de janeiro sobre a falta de oxigênio. “Que o depoente decidiu adotar as duas estratégias ao mesmo tempo: requisitar administrativamente os estoques, bem como realizar o contato com o Ministério da Saúde a fim de obter apoio logístico para o transporte de oxigênio de Manaus”.

Pazuello, segundo Campello, foi acionado ainda no dia 7. “Que também no período da noite do dia 7 o depoente fez contato telefônico com o ministro da Saúde tendo relatado o conteúdo da reunião com representantes da White Martins e solicitado o apoio logístico para a realização do transporte de oxigênio de Belém para Manaus; que o ministro da Saúde disse ao depoente que esse tipo de apoio já estava pré-autorizado e que bastava acionar o comando conjunto por meio de contato do comando militar da Amazônia”.

O ex-ministro por mais de uma vez é apontado como alguém que se prontificou de imediato a auxiliar quando informado da crise.

“Que no dia 10 no período da noite o depoente participou de um jantar na casa do assessor especial do ministro da Saúde na cidade de Manaus, no qual participou boa parte da equipe dos secretários nacionais do ministro Eduardo Pazuello; que na ocasião o depoente relatou a sua preocupação com as informações prestadas pela White Martins a respeito do fornecimento de oxigênio; que no mesmo momento o ministro Pazuello solicitou que o depoente fizesse contato com representantes da White Martins para agendar um café da manhã na residência que o ministro possui em Manaus; que no dia 11 às 8 da manhã o depoente se reuniu com o ministro e representantes da empresa, oportunidade na qual voltaram a relatar a necessidade de apoio na logística para o transporte dos cilindros do oxigênio e sugeriram que fosse realizado o transporte diário de oxigênio de Guarulhos para Manaus.”

Em outros momentos, relata a falta de confiança do governo do Amazonas na empresa e que a própria empresa disse não haver problemas de oxigênio no estado. “Que no dia 13 o coronel Francisco Máximo convocou os representantes da White Martins tendo em vista que ainda não sentia confiança nas informações que eram apresentadas pelas empresas; que os representantes da White Martins explicaram que o problema não era a produção de oxigênio, mas a logística de transporte de oxigênio até Manaus; que essa foi a primeira vez que a White Martins indicou um dia e horário de um possível desabastecimento.”

Disse também que uma fiscalização na empresa demonstrou a existência de uma usina de oxigênio desativada havia 11 anos. “Que no dia 12 pela manhã o comitê, juntamente com CREA, realizou uma fiscalização na sede da empresa White Martins a fim de verificar se as informações que haviam sido prestadas eram verdadeiras; que foi verificado no dia a existência de uma usina que estava inativa por 11 anos e teria capacidade de produção de cerca de 5 ou 6 mil metros cúbicos de oxigênio por dia”.

A White Martins afirmou que não tem como se manifestar sobre o assunto, porque não teve acesso ao depoimento do secretário de Saúde do Amazonas e o tema está sob investigação.

Procurado pela CNN, Marcellus Campelo se manifestou por meio de nota:

“O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, informa que seu depoimento expressa apenas a verdade, com base em fatos e documentos que comprovam todas as medidas tomadas, de forma integrada, entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) e o Ministério da Saúde no enfrentamento de uma crise de saúde sem precedentes na história do Amazonas. Conforme o secretário, todas as suas ações à frente da secretaria têm sido pautadas pela legalidade, com o objetivo único de salvar vidas, e sempre que for convocado estará à disposição para colaborar com a Justiça.”

CNN Brasil

 

 

 

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