Senador bolsonarista tenta presidência da CPI no grito

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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Autor do requerimento que inclui estados e municípios no escopo da CPI da Covid, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) promete ignorar o acordo existente entre os demais membros e, na sessão de instalação prevista para a próxima quinta-feira, se apresentar como candidato à presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito. Apontado como governista devido a seu alinhamento com a pauta de costumes do presidente Jair Bolsonaro, o senador nega proximidade com o Palácio do Planalto e diz ser o único verdadeiramente independente.

— Eu não participei desse acordo e acho que ele não atende aos anseios da sociedade. Minha candidatura é para valer — disse ao GLOBO.

Mesmo sem respaldo dos colegas, que descartam a candidatura nos bastidores, Girão diz que conta com uma “movimentação grande da sociedade” para se eleger presidente da CPI. Nas redes sociais, o senador publicou um vídeo no qual promete indicar um relator “que investigue com independência e isenção a União assim como verbas federais enviadas a estados e municípios”. Questionado sobre o assunto, ele afirmou que ainda não possui nenhum nome em vista para o cargo.

Pelo acordo estabelecido entre dez dos 11 integrantes do colegiado, o senador Omar Aziz (PSD-AM) será o presidente; Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice; e Renan Calheiros (MDB-AM), relator. A costura foi feita entre governistas, oposicionistas e independentes para garantir que a escolha ocorresse por consenso no dia da eleição.

Procurado, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), disse que o Planalto apoia o eventual presidente e relator da CPI. Segundo relatos, ele ligou no fim de semana para Aziz e Renan a fim de evitar um mal-estar.

— O governo apoia o princípio da proporcionalidade. A maior bancada indica o relator e a segunda maior bancada, o presidente — afirmou Bezerra, em referência ao MDB e ao PSD, respectivamente.

Como a oposição e os independentes estão em maioria, com seis integrantes, o chamado “G6”, eles tiveram mais força na negociação, conquistando a relatoria e a vice. O governo, então, atuou para minimizar os danos e emplacar um nome mais alinhado ao Planalto na presidência.

O líder do Podemos, Alvaro Dias (PR), que é próximo a Girão, defende que o correligionário dispute a presidência da CPI “independentemente das possibilidades” de vencer. Ele admite, no entanto, que o colega está isolado.

— Nós não podemos concordar com esse acordão. Creio que é uma forma inadequada de conduzir a CPI, assim ela perde a credibilidade. Em que pese o isolamento, se não conseguirmos ganhar pelo menos marcares posição — disse Dias.

O Globo 

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